Apac explica sistema de alerta meteorológico na Comissão de Meio Ambiente

Apac explica sistema de alerta meteorológico na Comissão de Meio Ambiente

A atuação da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e seu sistema de alertas de condições meteorológicas foram tema da reunião da Comissão de Meio Ambiente na manhã desta quarta (17). O motivo da apresentação foi a tempestade  ocorrida no dia 29 de janeiro deste ano, quando um fenômeno chamado vórtice ciclônico de altos níveis (VCAN) provocou chuva e ventos que chegaram a até 80 km/h na Região Metropolitana do Recife, sem que houvesse uma alerta prévio da Apac. O diretor-presidente da agência, Marcelo Asfora, informou que não havia como prever a tempestade do último dia 29. “O vórtice ciclônico é um fenômeno concentrado e de rápido desenvolvimento, que não pode ser previsto com muita antecedência com os recursos que a meteorologia tem hoje”, considerou. “Durante aquele dia, não só a Apac, mas as agências de todos os Estados vizinhos estavam observando os dados da região, e nenhuma delas conseguiu prever o que iria acontecer”, relatou o presidente da entidade pernambucana. “No entanto, esse tipo de ocorrência representa apenas 3% dos fenômenos que ocorrem na Região Metropolitana”, salientou. Segundo Asfora, a agência avalia e faz auditorias de suas atividades que apontam uma taxa de acerto de mais de 80% nas suas previsões. “Os alertas da Apac não são emitidos porque há certeza da ocorrência dos fenômenos climáticos, mas porque existe uma condição de risco que pode afetar as pessoas”, esclareceu Asfora, lembrando que, em 2015, a agência lançou 21 notificações desse tipo. “A emissão do alerta não é uma decisão tomada na hora, mas segue um protocolo preestabelecido, com orientações para a Defesa Civil e avaliação de riscos”, explicou. Na tempestade ocorrida em 29 de janeiro, como não foi possível a previsão, o  alerta foi dado após o começo das chuvas, seguindo a detecção da precipitação de água feita pela rede de pluviômetros mantida pela agência. O protocolo seguido pela Apac aponta que seja feito o alerta quando houver a chance de chuvas acima de 40 mm. Na ocasião, os municípios de Olinda (62mm), Recife (52mm) e Paulista (42mm) chegaram a esse grau de precipitação. Além do alerta de chuvas, a agência também emite alertas de baixa umidade. Marcelo Asfora avaliou que o vórtice ciclônico de janeiro ofereceu uma oportunidade de aprendizado para a Apac. “Os questionamentos que recebemos mostram que temos que melhorar muito nossos protocolos de comunicação com a sociedade. Temos que explicar melhor que nossas previsões e alertas envolvem muita tecnologia e conhecimento, mas não são deterministas”, considerou o diretor-presidente da agência. Com informações da ALEPE

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TEMPESTADE – De acordo com a agência, fenômenos como o registrado no último dia 29 de janeiro não podem ser previstos com muita antecedência. Foto: Rinaldo Marques

A atuação da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e seu sistema de alertas de condições meteorológicas foram tema da reunião da Comissão de Meio Ambiente na manhã desta quarta (17). O motivo da apresentação foi a tempestade  ocorrida no dia 29 de janeiro deste ano, quando um fenômeno chamado vórtice ciclônico de altos níveis (VCAN) provocou chuva e ventos que chegaram a até 80 km/h na Região Metropolitana do Recife, sem que houvesse uma alerta prévio da Apac.

O diretor-presidente da agência, Marcelo Asfora, informou que não havia como prever a tempestade do último dia 29. “O vórtice ciclônico é um fenômeno concentrado e de rápido desenvolvimento, que não pode ser previsto com muita antecedência com os recursos que a meteorologia tem hoje”, considerou.

“Durante aquele dia, não só a Apac, mas as agências de todos os Estados vizinhos estavam observando os dados da região, e nenhuma delas conseguiu prever o que iria acontecer”, relatou o presidente da entidade pernambucana. “No entanto, esse tipo de ocorrência representa apenas 3% dos fenômenos que ocorrem na Região Metropolitana”, salientou. Segundo Asfora, a agência avalia e faz auditorias de suas atividades que apontam uma taxa de acerto de mais de 80% nas suas previsões.

“Os alertas da Apac não são emitidos porque há certeza da ocorrência dos fenômenos climáticos, mas porque existe uma condição de risco que pode afetar as pessoas”, esclareceu Asfora, lembrando que, em 2015, a agência lançou 21 notificações desse tipo. “A emissão do alerta não é uma decisão tomada na hora, mas segue um protocolo preestabelecido, com orientações para a Defesa Civil e avaliação de riscos”, explicou.

Na tempestade ocorrida em 29 de janeiro, como não foi possível a previsão, o  alerta foi dado após o começo das chuvas, seguindo a detecção da precipitação de água feita pela rede de pluviômetros mantida pela agência. O protocolo seguido pela Apac aponta que seja feito o alerta quando houver a chance de chuvas acima de 40 mm. Na ocasião, os municípios de Olinda (62mm), Recife (52mm) e Paulista (42mm) chegaram a esse grau de precipitação. Além do alerta de chuvas, a agência também emite alertas de baixa umidade.

Marcelo Asfora avaliou que o vórtice ciclônico de janeiro ofereceu uma oportunidade de aprendizado para a Apac. “Os questionamentos que recebemos mostram que temos que melhorar muito nossos protocolos de comunicação com a sociedade. Temos que explicar melhor que nossas previsões e alertas envolvem muita tecnologia e conhecimento, mas não são deterministas”, considerou o diretor-presidente da agência.

Com informações da ALEPE

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