Aumento da violência no Litoral Sul de Pernambuco reflete incapacidade do Governo do Estado – Por Wellington Ribeiro

Aumento da violência no Litoral Sul de Pernambuco reflete incapacidade do Governo do Estado – Por Wellington Ribeiro

O aumento vertiginoso da violência em Pernambuco tem atingido índices mais que alarmantes. O crescente número de casos de homicídios, assaltos, estupros, furtos e agora a onda de explosões a caixas eletrônicos e agências bancárias, nos passa a ideia de que a os investimentos por parte do Governo no sentido de conter o avanço da criminalidade é inversamente proporcional ao crescimento da violência no Estado. O clima de insegurança e impunidade cresce muito além do que se é reproduzido nas estatísticas em relação ao crime e isso reflete diretamente no comportamento da sociedade em geral, que além de se proteger atrás de portas e grades reforçadas, passa agora a evitar sair pelas ruas em horários que antes eram considerados seguros. Municípios do interior, lugares em que em passado recente eram referência de ambientes calmos e tranquilos, agora experimentam o sabor amargo da expansão da violência dentro de suas fronteiras. No litoral Sul de Pernambuco, mas precisamente os municípios de Sirinhaém, Tamandaré, Rio Formoso, Barreiros e São José da Coroa Grande, o ano 2015 foi marcado por uma explosão no número de casos de homicídios. Embora o primeiro semestre de 2016 apresente uma redução na quantidade de ocorrências deste tipo de crime na região se comparado com igual período do ano passado, a população local ainda não tem muito que comemorar, pois os índices registrados ainda estão muito acima o limite aceitável pela OMS (Organização Mundial de Saúde) o que aponta o litoral Sul como zona endêmica de violência, além do mais, outras modalidades de crime cresceram de maneira alarmante nesta região, é o caso das frequentes investidas a bancos, onde em um período de apenas 3 meses quadrilhas organizadas explodiram agências bancárias dos municípios de Sirinhaém (07/07), Rio Formoso (08/09) e Barreiros (13/10), neste último a ação se mostrou a mais ousada de todas, quando cerca de 30 bandidos fortemente armados permaneceram por mais de duas horas na cidade, tempo que foi suficiente para explodirem caixas eletrônicos de duas agências bancárias e arrombarem três lojas comercias. O pior de tudo isso é saber que a apenas 60 km dali, no município de Palmares, há instalado o 10º Batalhão da PMPE, órgão responsável pelo segurança da região e que embora esteja a uma distância relativamente próxima a Barreiros, não foi visto por parte do Estado nenhum tipo de mobilização para tentar conter a ação criminosa. Isto mais que prova a inércia do Governo diante de constrangedora situação e acaba por criar uma atmosfera que incentiva a criminalidade. Outro tipo de crime que tem aterrorizado a população é o estupro. Estudantes, donas de casa e mulheres em geral estão em pavorosa diante dos episódios cada vez mais constantes, e o pior, poucos são os casos em que o criminoso é identificado e pego pela policia, gerando assim um incômodo ainda maior por parte não só do público feminino, mas de todos. É bom ressaltar que o que está sendo apontado aqui não é o trabalho realizado pelos agentes de segurança pública, policiais militares e civis, mas o descaso do Estado com a questão, pois não há dúvida de que os policiais estão dando o melhor de si mesmo se deparando com condições adversas de trabalho, a exemplo do baixo salário, viaturas sucateadas, efetivo inferior a real necessidade, para ficar apenas nestes casos. Isto, somado a outros problemas, acaba por criar um ambiente propício à expansão da criminalidade nos municípios da região. Wellington Ribeiro Bacharel em Administração Pós-graduando em Gestão Pública e Legislativa pela UPE

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O aumento vertiginoso da violência em Pernambuco tem atingido índices mais que alarmantes. O crescente número de casos de homicídios, assaltos, estupros, furtos e agora a onda de explosões a caixas eletrônicos e agências bancárias, nos passa a ideia de que a os investimentos por parte do Governo no sentido de conter o avanço da criminalidade é inversamente proporcional ao crescimento da violência no Estado.

O clima de insegurança e impunidade cresce muito além do que se é reproduzido nas estatísticas em relação ao crime e isso reflete diretamente no comportamento da sociedade em geral, que além de se proteger atrás de portas e grades reforçadas, passa agora a evitar sair pelas ruas em horários que antes eram considerados seguros. Municípios do interior, lugares em que em passado recente eram referência de ambientes calmos e tranquilos, agora experimentam o sabor amargo da expansão da violência dentro de suas fronteiras.

No litoral Sul de Pernambuco, mas precisamente os municípios de Sirinhaém, Tamandaré, Rio Formoso, Barreiros e São José da Coroa Grande, o ano 2015 foi marcado por uma explosão no número de casos de homicídios. Embora o primeiro semestre de 2016 apresente uma redução na quantidade de ocorrências deste tipo de crime na região se comparado com igual período do ano passado, a população local ainda não tem muito que comemorar, pois os índices registrados ainda estão muito acima o limite aceitável pela OMS (Organização Mundial de Saúde) o que aponta o litoral Sul como zona endêmica de violência, além do mais, outras modalidades de crime cresceram de maneira alarmante nesta região, é o caso das frequentes investidas a bancos, onde em um período de apenas 3 meses quadrilhas organizadas explodiram agências bancárias dos municípios de Sirinhaém (07/07), Rio Formoso (08/09) e Barreiros (13/10), neste último a ação se mostrou a mais ousada de todas, quando cerca de 30 bandidos fortemente armados permaneceram por mais de duas horas na cidade, tempo que foi suficiente para explodirem caixas eletrônicos de duas agências bancárias e arrombarem três lojas comercias. O pior de tudo isso é saber que a apenas 60 km dali, no município de Palmares, há instalado o 10º Batalhão da PMPE, órgão responsável pelo segurança da região e que embora esteja a uma distância relativamente próxima a Barreiros, não foi visto por parte do Estado nenhum tipo de mobilização para tentar conter a ação criminosa. Isto mais que prova a inércia do Governo diante de constrangedora situação e acaba por criar uma atmosfera que incentiva a criminalidade.

Outro tipo de crime que tem aterrorizado a população é o estupro. Estudantes, donas de casa e mulheres em geral estão em pavorosa diante dos episódios cada vez mais constantes, e o pior, poucos são os casos em que o criminoso é identificado e pego pela policia, gerando assim um incômodo ainda maior por parte não só do público feminino, mas de todos.

É bom ressaltar que o que está sendo apontado aqui não é o trabalho realizado pelos agentes de segurança pública, policiais militares e civis, mas o descaso do Estado com a questão, pois não há dúvida de que os policiais estão dando o melhor de si mesmo se deparando com condições adversas de trabalho, a exemplo do baixo salário, viaturas sucateadas, efetivo inferior a real necessidade, para ficar apenas nestes casos. Isto, somado a outros problemas, acaba por criar um ambiente propício à expansão da criminalidade nos municípios da região.

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Wellington Ribeiro

Bacharel em Administração

Pós-graduando em Gestão Pública e Legislativa pela UPE

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