Blog Ponto de Vista
Liderado pelo deputado federal Eduardo da Fonte no estado, o Partido Progressista atingiu seu ápice em Pernambuco em 2018, quando a notória chapinha montada por Eduardo acabou por eleger 10 deputados estaduais, 2 federais e emplacar o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Não fosse o fenômeno Gleide, certamente a chapa promissora acabaria elegendo ainda mais parlamentares nas trincheiras da legenda. Um efeito importante deste evento que será percebido após as festas juninas, é a robustez natural do PP também para disputar prefeituras nos quatro cantos do estado.
Tendo eleito 4 prefeitos em 2016, eles podem até triplicar este número. Por exemplo, o Delegado Lessa deve ser o nome de consenso para a prefeitura caruaruense devido à densidade eleitoral que demonstrou nos últimos anos. Os ex-deputados Vinícius Labanca, Beto Accioly, Zé Maurício, Eduíno Brito e Marinaldo Rosendo devem ser nomes postos para disputar as prefeituras de São Lourenço da Mata, Camaragibe, João Alfredo, Arcoverde e Timbaúba, respectivamente, no pleito municipal. Além de todos estes, também é possível destacar a vereadora do Recife, Aline Mariano, que avalia disputar o executivo de Afogados da Ingazeira, e o deputado Joel da Harpa ou Cleiton Collins, já que um dos dois pode ser o nome da sigla na disputa em Jaboatão. Na conta, ainda faltam os aliados de deputados, como Paquinha, candidato natural pela prefeitura de Macaparana, e André Empreiteiro, candidato a prefeitura de Aliança, ambos com a benção de Antônio Moraes (PP). Já Clóvis Paiva deve lançar Júlio Renoux em Ribeirão, a empresária Karla Wancherline em Palmares e o médico Dr. Leandro em Gameleira. Fora estes, ainda tem os candidatos de Claudiano Martins no Agreste Meridional e Sertão do Moxotó, o candidato do grupo da deputada Roberta Arraes em Araripina e a prefeita Mariana Medeiros que irá para a reeleição em Cumaru com o apoio do seu esposo Eriberto Medeiros.
Considerando que são 10 progressistas na Alepe até o momento, serão muitos candidatos correligionários espalhados no estado e isto pode começar um movimento crescente na legenda nos anos vindouros, pela tendência de fuga das siglas menores com o avanço da cláusula de desempenho. Eduardo da Fonte já mostrou que não dorme no ponto e tem tudo para amplificar seus louros. As articulações pesadas só se darão após as festas juninas, mas será possível identificar o rolo compressor do PP a olho nu tão logo a quarta-feira de cinzas termine.
Primeira – A primeira trinca na base governista do Palácio já surgiu. Segundo muitos parlamentares ouvidos, o tratamento dispensado tanto pelo governador quanto por secretários tem causado rancor entre deputados. Alguns destes brigaram mais pelo voto para Paulo que para si e agora se sentem escanteados sem conseguir uma indicação sequer, nem ter um telefonema atendido para reivindicar um lápis que fosse.
Calma – Muita gente já tem se apressado em declarar que prefeito A ou B não se reelege em hipótese alguma ano que vem. Neste caso, é bom lembrar que, segundo Ulysses Guimarães, “Quem tem tempo, não tem pressa”. Embora o ritmo eleitoral seja de desgaste de quem possui mandato, mais de um ano e meio nos separa de outubro de 2020 e a dinâmica da política é tão grande que tem gente que dorme eleito e acorda derrotado, tal qual há quem mergulha sentindo a derrota e recebe a ligação dizendo que venceu por poucos votos.
Na rua – Mesmo após empossado, o deputado Wanderson(PSC, imagem) não para. Em menos de um mês de mandato, já visitou diversos blocos carnavalescos, lideranças políticas, prefeituras, associações e articuladores. O ritmo acelerado só tem recebido elogios por parte de colegas e analistas.
Na rua 2 – Outro que não parou foi o deputado Delegado Lessa. Ele concilia a atuação na rádio com as visitas procedurais e a atuação na Alepe. O jeito sério e incisivo, sem meias palavras, do parlamentar, tem sido motivo de admiração no âmbito político pernambucano.
Badalada – A mais nova edição do Imprensa Que Entra, tradicionalmente organizada pelo Grupo EQM, foi muito prestigiada esta semana. Estiveram presentes secretários, deputados, prefeitos e lideranças de Pernambuco. Entretanto, algumas presenças históricas que eram dadas como certas não foram notadas.
Dúvida – A tão comentada pacificação entre os senadores Fernando Bezerra Coelho e Jarbas Vasconcelos que fala-se vir após o Carnaval é assento para uma reaproximação de Fernando com o Palácio ou de um afastamento de Jarbas com os socialistas?
Escrito por Marcelo Velez
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