Deputados repercutem investigação contra governador por supostas irregularidades na Arena de Pernambuco

Deputados repercutem investigação contra governador por supostas irregularidades na Arena de Pernambuco

Investigação por suspeita de superfaturamento na obra da Arena de Pernambuco, revelada pela revista IstoÉ nesta terça (22), repercutiu no Plenário da Assembleia Legislativa. Segundo o noticiário, o governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostas irregularidades na construção do estádio, em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife. Também são apuradas informações contra o prefeito reeleito do Recife, Geraldo Julio, o senador Fernando Bezerra Coelho e o deputado federal Tadeu Alencar, todos do PSB. Os quatro políticos compuseram o Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas do Estado e formataram a licitação para a obra, vencida por um consórcio liderado pela construtora Odebrecht durante o mandato do ex-governador Eduardo Campos, falecido em 2014. Em nota, os envolvidos negaram as acusações. Durante a Reunião Plenária, Edilson Silva (PSOL) avaliou que o fato “aprofunda a crise política” em Pernambuco e chamou atenção para os prejuízos financeiros ao Estado decorrentes da construção do empreendimento para a Copa do Mundo de 2014. Líder do Governo, Waldemar Borges (PSB) reafirmou ter confiança na legalidade da licitação para a Arena de Pernambuco e garantiu que os citados “sabem da lisura do processo e são os que mais têm interesse de que tudo seja apurado até o fim”. Silva ainda relacionou o cenário com a situação que atravessa o Rio de Janeiro. Dois dos ex-governadores do Estado da Região Sudeste foram presos na semana passada, no momento em que a gestão fluminense tenta impor medidas de restrição de despesas para reverter um pesado déficit nas contas públicas. Protestos de servidores públicos têm marcado todo o processo. “O Rio está ingovernável. Essa é a dinâmica, porque o povo vai reagir”, alertou. O parlamentar psolista lembrou que, ainda em 2015, já havia procurado a Justiça para pedir a anulação do contrato do Governo de Pernambuco com a Odebrecht. Além disso, o deputado relatou ter se dirigido ao Ministério Público Federal, ao Tribunal de Contas do Estado e à Polícia Federal para registrar queixas contra o que classificou como “dolo claríssimo” dos membros do Comitê Gestor contra os cofres públicos. “Calculamos que a Arena da Copa já custa R$ 2 bilhões para Pernambuco”, apontou. Waldemar Borges observou que todo o processo de licitação foi acompanhado pelos órgãos de controle. O líder do Governo afirmou que a gestão tem demonstrado zelo com a coisa pública “de forma inequívoca”, ao elevar a qualidade dos serviços públicos prestados pelo Estado. Borges sublinhou que, hoje, Pernambuco “ostenta índices inimagináveis há poucos anos”. “É a proximidade do discurso com a prática que faz essa administração. A habilidade de juntar a percepção dos problemas sociais com a capacidade de fazer”, observou. “Sou orgulhoso de fazer parte desse Governo.” Ocupações - Edilson Silva ponderou que a investigação contra o governador fortalece o movimento de estudantes que ocupam escolas públicas em Pernambuco, em protesto contra a Reforma do Ensino Médio e contra a limitação dos gastos públicos federais. “Um Governo investigado por superfaturamento não pode dizer que não temos o direito de lutar por uma educação melhor”, considerou. “Essa gestão está autorizada eticamente a combater a juventude do Estado com a polícia?”, indagou.

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Investigação por suspeita de superfaturamento na obra da Arena de Pernambuco, revelada pela revista IstoÉ nesta terça (22), repercutiu no Plenário da Assembleia Legislativa. Segundo o noticiário, o governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostas irregularidades na construção do estádio, em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife.

Também são apuradas informações contra o prefeito reeleito do Recife, Geraldo Julio, o senador Fernando Bezerra Coelho e o deputado federal Tadeu Alencar, todos do PSB. Os quatro políticos compuseram o Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas do Estado e formataram a licitação para a obra, vencida por um consórcio liderado pela construtora Odebrecht durante o mandato do ex-governador Eduardo Campos, falecido em 2014. Em nota, os envolvidos negaram as acusações.

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PROBLEMA – Para Edilson Silva, fato “aprofunda a crise política” em Pernambuco. Foto: Jarbas Araújo

Durante a Reunião Plenária, Edilson Silva (PSOL) avaliou que o fato “aprofunda a crise política” em Pernambuco e chamou atenção para os prejuízos financeiros ao Estado decorrentes da construção do empreendimento para a Copa do Mundo de 2014. Líder do Governo, Waldemar Borges (PSB) reafirmou ter confiança na legalidade da licitação para a Arena de Pernambuco e garantiu que os citados “sabem da lisura do processo e são os que mais têm interesse de que tudo seja apurado até o fim”.

Silva ainda relacionou o cenário com a situação que atravessa o Rio de Janeiro. Dois dos ex-governadores do Estado da Região Sudeste foram presos na semana passada, no momento em que a gestão fluminense tenta impor medidas de restrição de despesas para reverter um pesado déficit nas contas públicas. Protestos de servidores públicos têm marcado todo o processo. “O Rio está ingovernável. Essa é a dinâmica, porque o povo vai reagir”, alertou.

O parlamentar psolista lembrou que, ainda em 2015, já havia procurado a Justiça para pedir a anulação do contrato do Governo de Pernambuco com a Odebrecht. Além disso, o deputado relatou ter se dirigido ao Ministério Público Federal, ao Tribunal de Contas do Estado e à Polícia Federal para registrar queixas contra o que classificou como “dolo claríssimo” dos membros do Comitê Gestor contra os cofres públicos. “Calculamos que a Arena da Copa já custa R$ 2 bilhões para Pernambuco”, apontou.

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CONFIANÇA – Waldemar reafirmou acreditar na legalidade da licitação para construção de estádio. Foto: Jarbas Araújo

Waldemar Borges observou que todo o processo de licitação foi acompanhado pelos órgãos de controle. O líder do Governo afirmou que a gestão tem demonstrado zelo com a coisa pública “de forma inequívoca”, ao elevar a qualidade dos serviços públicos prestados pelo Estado.

Borges sublinhou que, hoje, Pernambuco “ostenta índices inimagináveis há poucos anos”. “É a proximidade do discurso com a prática que faz essa administração. A habilidade de juntar a percepção dos problemas sociais com a capacidade de fazer”, observou. “Sou orgulhoso de fazer parte desse Governo.”

Ocupações Edilson Silva ponderou que a investigação contra o governador fortalece o movimento de estudantes que ocupam escolas públicas em Pernambuco, em protesto contra a Reforma do Ensino Médio e contra a limitação dos gastos públicos federais. “Um Governo investigado por superfaturamento não pode dizer que não temos o direito de lutar por uma educação melhor”, considerou. “Essa gestão está autorizada eticamente a combater a juventude do Estado com a polícia?”, indagou.

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