Desabafo de Padre de Tamandaré sobre a Segurança Pública repercute na Assembleia Legislativa de Pernambuco

Desabafo de Padre de Tamandaré sobre a Segurança Pública repercute na Assembleia Legislativa de Pernambuco

Áudio que circula em redes sociais atribuído a líder católico de Tamandaré, na Mata Sul, mereceu comentários do deputado Álvaro Porto (PSD) durante a Reunião Plenária desta quarta (26). Na mensagem, o pároco da cidade, padre Arlindo Júnior, relata ter procurado um coronel da Polícia Militar para tratar sobre o aumento da violência na região. Como resposta, denuncia o religioso, ele teria sido orientado a não falar do assunto “para não espantar os veranistas”.“Há oito dias, questionamos o que faltava acontecer para que o governador Paulo Câmara mudasse de postura e tomasse as rédeas da segurança pública”, lembrou Álvaro Porto, integrante da base do Governo na Assembleia Legislativa. “Agora, a denúncia do padre Arlindo nos deixa estarrecidos porque evidencia que o Estado tenta manipular a realidade e esconder falhas que acarretam perigo à população”, avaliou o parlamentar.“Para quem devemos apelar quando quem deveria garantir a segurança aconselha um padre a mentir?”, continuou, atribuindo à falta de estrutura das polícias e a “maquiagens” a piora nas estatísticas da violência em Pernambuco. “Não sabemos aonde iremos parar com tamanha dissimulação”, disse.Em aparte ao pronunciamento, Rodrigo Novaes (PSD) divergiu de seu correligionário. “Parabenizo sua postura em defesa da população, independentemente de sermos da base do Governo, mas a gestão não pode ser acusada de falta de atenção com a segurança pública”, apontou.O deputado lembrou a redução dos crimes violentos no Estado desde 2007, a partir da gestão Eduardo Campos, que alçou a política de segurança pública pernambucana à “condição de modelo no País”. “Os desafios são enormes, mas é preciso ter serenidade para propor ideias.”Para Antônio Moraes (PSDB), o esforço no combate à violência nos últimos anos criou uma “superestrutura” de segurança pública, difícil de ser mantida nos momentos de recuo das receitas do Estado. O parlamentar declarou apoio ao recém-empossado secretário de Defesa Social, Angelo Gioia, que manifestou a intenção de reduzir o número de policiais em funções administrativas para aumentar o efetivo nas ruas. “O Governo fez concurso, mas as delegacias no Interior só funcionam em horário comercial. É importante esperar o diagnóstico do novo secretário para sabermos onde estão os policiais”, observou.Já o oposicionista Júlio Cavalcanti (PTB) somou-se às críticas levantadas por Álvaro Porto. “A gente observa o clamor por mais segurança em todas as regiões, mas não vê ações efetivas dos responsáveis”, afirmou. “Várias cidades do Interior estão sem agências bancárias, as polícias trabalham no vermelho, e a população não pode mais sair de casa”, assinalou.Com informações da ALEPE

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ÁUDIO – “A denúncia do padre Arlindo nos deixa estarrecidos porque evidencia que o Estado tenta manipular a realidade.” Foto: Henrique Genecy

Áudio que circula em redes sociais atribuído a líder católico de Tamandaré, na Mata Sul, mereceu comentários do deputado Álvaro Porto (PSD) durante a Reunião Plenária desta quarta (26). Na mensagem, o pároco da cidade, padre Arlindo Júnior, relata ter procurado um coronel da Polícia Militar para tratar sobre o aumento da violência na região. Como resposta, denuncia o religioso, ele teria sido orientado a não falar do assunto “para não espantar os veranistas”.

“Há oito dias, questionamos o que faltava acontecer para que o governador Paulo Câmara mudasse de postura e tomasse as rédeas da segurança pública”, lembrou Álvaro Porto, integrante da base do Governo na Assembleia Legislativa. “Agora, a denúncia do padre Arlindo nos deixa estarrecidos porque evidencia que o Estado tenta manipular a realidade e esconder falhas que acarretam perigo à população”, avaliou o parlamentar.

“Para quem devemos apelar quando quem deveria garantir a segurança aconselha um padre a mentir?”, continuou, atribuindo à falta de estrutura das polícias e a “maquiagens” a piora nas estatísticas da violência em Pernambuco. “Não sabemos aonde iremos parar com tamanha dissimulação”, disse.

Em aparte ao pronunciamento, Rodrigo Novaes (PSD) divergiu de seu correligionário. “Parabenizo sua postura em defesa da população, independentemente de sermos da base do Governo, mas a gestão não pode ser acusada de falta de atenção com a segurança pública”, apontou.

O deputado lembrou a redução dos crimes violentos no Estado desde 2007, a partir da gestão Eduardo Campos, que alçou a política de segurança pública pernambucana à “condição de modelo no País”. “Os desafios são enormes, mas é preciso ter serenidade para propor ideias.”

Para Antônio Moraes (PSDB), o esforço no combate à violência nos últimos anos criou uma “superestrutura” de segurança pública, difícil de ser mantida nos momentos de recuo das receitas do Estado. O parlamentar declarou apoio ao recém-empossado secretário de Defesa Social, Angelo Gioia, que manifestou a intenção de reduzir o número de policiais em funções administrativas para aumentar o efetivo nas ruas. “O Governo fez concurso, mas as delegacias no Interior só funcionam em horário comercial. É importante esperar o diagnóstico do novo secretário para sabermos onde estão os policiais”, observou.

Já o oposicionista Júlio Cavalcanti (PTB) somou-se às críticas levantadas por Álvaro Porto. “A gente observa o clamor por mais segurança em todas as regiões, mas não vê ações efetivas dos responsáveis”, afirmou. “Várias cidades do Interior estão sem agências bancárias, as polícias trabalham no vermelho, e a população não pode mais sair de casa”, assinalou.

Com informações da ALEPE

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