Ele deseja a prisão!

Ele deseja a prisão!

Paira no ar da alta cúpula do PT um desejo masoquista secreto da condenação do Lula no TRF 4ª Região. Quem já conseguiu visualizar esse fetiche secreto do PT, sabe que Lula preso é mais forte que solto. O ex-presidente preso é a vítima do sistema que conspira diariamente contra ele e contra o PT. A sua absolvição diminuiria a ressonância do discurso do “Golpe”, e o apaziguamento deste discurso, o direito de ir às urnas e a grande possibilidade de vitória, poria por terra tudo quer o PT vem pregando até hoje. Porém, os cálculos que o PT e Lula tem feito podem darem errado. Assim, antes de iniciar, de fato, este artigo reflexivo sobre a possibilidade da condenação e o possível desejo do réu em ser condenado, quero fazer duas considerações: Primeiro, não anseio pela condenação de Lula, nem tão pouco vejo motivo legal para ela, mas aponto para a possibilidade que a sentença condenatória seja expressa; segundo, convido que o leitor leia Eça de Queirós, para que possa entender que o calculo político de Lula e suas estratégias beiram a falésia e causará a derrota eleitoral por atraso e erros de cálculos temporais, semelhante ao drama do Romance “Primo Basílio”. Mas Lula poderá ser preso? Dentro do quando funcional normal e ortodoxo da justiça brasileira a resposta é não, mas não estamos funcionando normalmente, ou estamos? Possivelmente, apesar da fraqueza da peça sentencial escrita pelo Dr. Moro, é possível que tenhamos a triste notícia que no dia 24/01, o placar, se é que posso chamar de “placar”, seja de 3x0 em detrimento dos recursos da defesa de Lula. Ora, se tudo está bem claro, e de fato está, por que não pensar e já articular um plano “B”? Perdão aos leitores, estou fazendo mais perguntas quê afirmações, espero agora, na segunda metade do texto elaborar apenas afirmações. Por que deveríamos ler “Primo Basílio”? – Desculpa continuar perguntando. Eça de Queiros, autor do Romance “Primo Basílio”, conta a história de um romance proibido e desencontrado numa escala temporal onde, favores, as cartas, respostas e retribuições amorosas não se encontram no tempo, se perdem, atrasam e causam a morte. Esse atraso temporal pode ser a causa do fracasso eleitoral do PT nas urnas em 2018. Acredito que o cálculo temporal elaborado pelas lideranças nacionais do PT está errado, apostar que haverá tempo e que a morosidade da justiça brasileira beneficiará e permitirá a candidatura de Lula e sua diplomação é um erro crucial. Pode até ser candidato, pode até ser eleito, mas a plutocracia brasileira filiada ao baronato de toga não permitirá a sua diplomação. O artigo 224 do Código Eleitoral trata deste caso, onde em tese, Lula saindo candidato e eleito no segundo turno, mas estando sub judici, e indeferida sua candidatura mesmo após eleito em segundo turno, poderemos ter uma nova eleição no prazo de 20 a 40 dias. Esse é o risco que corremos. O Brasil, seria destroçado, a instabilidade política que estamos passando se ampliaria, afundaríamos em um completo abismo das incertezas. Em entrevista ao Paulo Henrique Amorim, o ex-presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que há um consenso no PT sobre a candidatura de Lula e em hipótese alguma pensam em a foto do Lula não está fora das urnas no dia da eleição. Bem, a foto pode estar nas urnas, mas o candidato ser outro, esse é o plano B do PT. O Código Eleitoral Brasileiro permite essa lambança desvairada. Qualquer candidato, majoritário ou proporcional poderá ter sua candidatura trocada antes de 20 dias do pleito, salvo falecimento do titular. Essa tática mesquinha e antidemocrática tem sido utilizada por alguns “espertos”, e pode ser um o plano B do PT. Volto a fazer as perguntas: Não seria uma maior irresponsabilidade manter essa situação sabendo que o panorama político e judicial brasileiro está instável e polarizado? Não é mesquinhez política do PT a não construção de uma frente única com um planejamento progressista e nacionalista para o Brasil em 2018? Porque tanta cede ao “poder”? Seria a insistência na candidatura, uma forma de fugir da inquisitorial justiça brasileira? Insistir num quadro tão instável (juridicamente) para o Brasil, não seria marca de descompromisso geral? Tenho certeza de que, não haveria maior benefício ao PT neste momento que a prisão de Lula, a culpa de um inocente, a morte no calvário do herói Brasileiro. O PT não se reinventou, não renovou o quadro em mais de 13 anos no governo, insistiu no velho, na figura mágica do Lula, e agora o povo ficará mais uma vez a mercê dos acordos e desdobramentos da política e da justiça brasileira. Esperemos a sentença de 24/01 - que caberá ainda embargos-, para que possamos continuar traçando caminhos até o final de 2018. Por Bruno de Oliveira

OS CÁLCULOS PODEM ESTÁ ERRADO SOBRE O DIA 24/01 – JULGAMENTO DO LULA NO TRF DA 4ª REGIÃO.

Paira no ar da alta cúpula do PT um desejo masoquista secreto da condenação do Lula no TRF 4ª Região. Quem já conseguiu visualizar esse fetiche secreto do PT, sabe que Lula preso é mais forte que solto. O ex-presidente preso é a vítima do sistema que conspira diariamente contra ele e contra o PT. A sua absolvição diminuiria a ressonância do discurso do “Golpe”, e o apaziguamento deste discurso, o direito de ir às urnas e a grande possibilidade de vitória, poria por terra tudo quer o PT vem pregando até hoje. Porém, os cálculos que o PT e Lula tem feito podem darem errado.

Assim, antes de iniciar, de fato, este artigo reflexivo sobre a possibilidade da condenação e o possível desejo do réu em ser condenado, quero fazer duas considerações: Primeiro, não anseio pela condenação de Lula, nem tão pouco vejo motivo legal para ela, mas aponto para a possibilidade que a sentença condenatória seja expressa; segundo, convido que o leitor leia Eça de Queirós, para que possa entender que o calculo político de Lula e suas estratégias beiram a falésia e causará a derrota eleitoral por atraso e erros de cálculos temporais, semelhante ao drama do Romance “Primo Basílio”.

Mas Lula poderá ser preso? Dentro do quando funcional normal e ortodoxo da justiça brasileira a resposta é não, mas não estamos funcionando normalmente, ou estamos? Possivelmente, apesar da fraqueza da peça sentencial escrita pelo Dr. Moro, é possível que tenhamos a triste notícia que no dia 24/01, o placar, se é que posso chamar de “placar”, seja de 3×0 em detrimento dos recursos da defesa de Lula. Ora, se tudo está bem claro, e de fato está, por que não pensar e já articular um plano “B”?

Perdão aos leitores, estou fazendo mais perguntas quê afirmações, espero agora, na segunda metade do texto elaborar apenas afirmações.

Por que deveríamos ler “Primo Basílio”? – Desculpa continuar perguntando. Eça de Queiros, autor do Romance “Primo Basílio”, conta a história de um romance proibido e desencontrado numa escala temporal onde, favores, as cartas, respostas e retribuições amorosas não se encontram no tempo, se perdem, atrasam e causam a morte. Esse atraso temporal pode ser a causa do fracasso eleitoral do PT nas urnas em 2018. Acredito que o cálculo temporal elaborado pelas lideranças nacionais do PT está errado, apostar que haverá tempo e que a morosidade da justiça brasileira beneficiará e permitirá a candidatura de Lula e sua diplomação é um erro crucial. Pode até ser candidato, pode até ser eleito, mas a plutocracia brasileira filiada ao baronato de toga não permitirá a sua diplomação.

O artigo 224 do Código Eleitoral trata deste caso, onde em tese, Lula saindo candidato e eleito no segundo turno, mas estando sub judici, e indeferida sua candidatura mesmo após eleito em segundo turno, poderemos ter uma nova eleição no prazo de 20 a 40 dias. Esse é o risco que corremos. O Brasil, seria destroçado, a instabilidade política que estamos passando se ampliaria, afundaríamos em um completo abismo das incertezas.

Em entrevista ao Paulo Henrique Amorim, o ex-presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que há um consenso no PT sobre a candidatura de Lula e em hipótese alguma pensam em a foto do Lula não está fora das urnas no dia da eleição. Bem, a foto pode estar nas urnas, mas o candidato ser outro, esse é o plano B do PT. O Código Eleitoral Brasileiro permite essa lambança desvairada. Qualquer candidato, majoritário ou proporcional poderá ter sua candidatura trocada antes de 20 dias do pleito, salvo falecimento do titular. Essa tática mesquinha e antidemocrática tem sido utilizada por alguns “espertos”, e pode ser um o plano B do PT.

Volto a fazer as perguntas: Não seria uma maior irresponsabilidade manter essa situação sabendo que o panorama político e judicial brasileiro está instável e polarizado? Não é mesquinhez política do PT a não construção de uma frente única com um planejamento progressista e nacionalista para o Brasil em 2018? Porque tanta cede ao “poder”? Seria a insistência na candidatura, uma forma de fugir da inquisitorial justiça brasileira? Insistir num quadro tão instável (juridicamente) para o Brasil, não seria marca de descompromisso geral?

Tenho certeza de que, não haveria maior benefício ao PT neste momento que a prisão de Lula, a culpa de um inocente, a morte no calvário do herói Brasileiro. O PT não se reinventou, não renovou o quadro em mais de 13 anos no governo, insistiu no velho, na figura mágica do Lula, e agora o povo ficará mais uma vez a mercê dos acordos e desdobramentos da política e da justiça brasileira. Esperemos a sentença de 24/01 – que caberá ainda embargos-, para que possamos continuar traçando caminhos até o final de 2018.

Por Bruno de Oliveira

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