Isolado, Daniel Coelho tem pela frente um grande desafio

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A decisão do prefeito de Jaboatão dos Guararapes e presidente estadual do PL, Anderson Ferreira, de levar o seu partido para o palanque do pré-candidato a prefeito do Recife, Mendonça Filho (DEM), caiu como uma notícia indigesta ao também pré-candidato a prefeito Daniel Coelho (Cidadania). Para completar, o deputado André Ferreira, presidente estadual do PSC, reafirmou, também nesta segunda feira (31/08), o seu apoio à candidatura de Coronel Alberto Feitosa à prefeitura da Capital e inclusive marcou a Convenção do partido.

Isolado com apenas o Cidadania, Daniel Coelho trabalhava para trazer o PL e PSC para a sua base. Daniel também sonhava com o apoio do PSL, sigla que na semana passada decidiu lançar o advogado Carlos Andrade Lima na disputa pelo Palácio do Capibaribe.

Na quebra de braço que anda travando com Mendonça Filho, Daniel vem levando a pior. O democrata, por exemplo, já havia saído do isolamento com a adesão do PSDB e PTB ao seu projeto, e agora, agrega mais um partido que irá contribuir para que obtenha um significativo tempo de televisão e rádio.

Por sua vez, Coelho caminha para ficar com o menor tempo de propaganda eleitoral entre os postulantes. Isto limitará a utilização da sua grande arma, a oratória.

Para quem acompanhou a trajetória de Daniel Coelho nas disputas majoritárias no Recife sabe que o seu grande forte é a oratória. Inteligente e com alta capacidade de convencimento, Daniel utilizou dessas armas como trunfo para obter expressivas votações nas eleições municipais de 2012 e 2016. Em ambas as eleições ele disputou pelo PSDB, sigla que sozinha já possuía um significativo tempo de propaganda eleitoral. Além do PSDB, em 2012 ele contou com o apoio do PPS e PT do B. Já em 2016 e contou com o PSL em sua coligação.

Embora haja quem aposte que Daniel pode desistir de seguir com a candidatura por conta desse isolamento partidário, a verdade é que ele disputar a prefeitura do Recife se tornou uma missão de sobrevivência política não apenas para ele, mas, sobretudo, para a sua chapa proporcional que precisa de uma candidatura majoritária conquistar vagas no Legislativo Municipal.

Escrito por Wellington Ribeiro

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