Dois ministros do TSE já votaram a favor de Joel da Harpa
Eleito para o seu segundo mandato com mais de 46 mil votos, figurando como o segundo deputado mais votado da coligação PP/PR/SD/PMN/, o deputado estadual Joel da Harpa (PP) participará nesta quinta-feira (06/11) da cerimônia de diplomação comandada pelo Tribunal Regional Eleitoral no Centro de Convenções, em Olinda.
No meio político havia a expectativa de que o parlamentar pudesse ser impedido de ser diplomado pela Justiça Eleitoral caso o seu registro de candidatura fosse cassado pelo TSE em julgamento que aconteceu no início da noite desta quarta-feira (05). A ação contra o parlamentar pediu do Ministério Público Eleitoral, que entende que Joel se enquadra causas de inelegibilidade previstas na Lei Complementar nº 64/1990 porque foi condenado à pena de exclusão da Polícia Militar. No entanto, o parlamentar alega que ingressou com recurso administrativo, com efeito suspensivo, contra o ato de demissão, o que afastaria a inelegibilidade. A alegação foi aceita pelo TRE-PE.
A sessão do TSE, que apreciou o caso do parlamentar, chegou a computar dois votos favoráveis a Joel da Harpa. O relator do processo, ministro Admar Gonzaga Neto, votou pela legitimidade da candidatura de Joel. O voto foi acompanhado pelo ministro Tarcísio Vieira. Já o ministro Luís Roberto Barroso pediu vistas ao processo, o que acabou adiando o julgamento.
Além do ministro Roberto Barroso, faltam os votos dos ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Og Fernandes e Jorge Mussi. Para Joel ganhar definitivamente a causa, ao menos dois outros ministros devem votar a favor do relator, o que já garantiria uma maioria simples.
Pegou mal – Dentro desta movimentação em torno do processo de Joel da Harpa um fato chamou bastante a atenção. O primeiro suplente da sua coligação, Marcantonio Dourado Filho, sob a orientação do seu pai, o deputado Marcantônio Dourado, chegou a contratar a ex-ministra do TSE, Luciana Lóssio, como advogada. A atitude não foi bem vista na classe política. Em reserva ao blog, um deputado estadual descreveu como “desprezível” a conduta adotada por Dourado. “Ele deveria ter ganhado no voto. Este comportamento de tentar ganhar no tapetão é típico de quem não respeita o resultado das urnas”, confidenciou outro parlamentar.
Vale registrar que Marcantônio Dourado Filho ficou na 14ª colocação na coligação com 28.513 votos, perdendo a eleição para Roberta Arraes por pouco mais de 130 votos, enquanto que Joel figurou como segundo colocado mais 46.524 votos.
Escrito por Wellington Ribeiro
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