Magoado pela derrota em Olinda, Antônio Campos dispara contra Renata Campos e cúpula do PSB

Magoado pela derrota em Olinda, Antônio Campos dispara contra Renata Campos e cúpula do PSB

Derrotado no último domingo na disputa pela prefeitura de Olinda, Antônio Campos, irmão do falecido ex-governador Eduardo Campos, virou um poço de mágoas com o Governador Paulo Câmara e a cúpula estadual do PSB, a quem soltou duras críticas em entrevistas concedidas a diversos veículos de comunicação nesta semana. Bastante magoado e com razões de sobra para demonstrar descontentamento com o partido, Antônio Campos acusou o PSB estadual de trabalhar no sentido de desestabilizar a sua candidatura no período da pré-convenção e por não evitar a fragmentação de candidaturas de partidos da base aliada no 1ª turno da eleição em Olinda, que chegou ao total de 7 postulantes com ligações diretas com o Palácio. “O PSB estadual durante o período de pré-convenção tentou, várias vezes, desestabilizar a minha candidatura. A fragmentação das candidaturas no 1º turno teve o apoio de setores expressivos do Palácio do Governo”, acusou. Tonca, como é popularmente conhecido, chegou a oferecer no mês de março a vaga de vice para a esposa de Lupércio, que recusou e mais tarde viria a ser o seu principal opositor. Próximo à convenção, Antônio ainda realizou uma investida contra a candidatura do deputado estadual Ricardo Costa do PMDB, partido do vice-governador Raul Henry, convidando-o para compor a chapa, porém o parlamentar não aceitou e manteve a candidatura. Ao que parece, o PSB não dispensou a mesma atenção à candidatura de Antônio Campos em relação ao tratamento dado a Geraldo Júlio em Recife, no qual o partido se mobilizou ferozmente para impedir o máximo de candidaturas do campo aliado, inclusive em Recife, os dois únicos partidos aliados que insistiram em candidaturas próprias, o PSDB e o DEM, acabaram sendo destinatários de uma nota assinada pelo próprio governador Paulo Câmara, que na ocasião sugeriu até a entrega dos cargos por aqueles que divergiam da candidatura do partido na capital pernambucana, o que resultou com a retirada dos dois partidos da base aliada do PSB estadual. Naquela ocasião, o PSDB entregou a Secretaria de Trabalho, Emprego e Microempresa e a presidência do Porto do Recife, e o DEM deixou a direção do LAFEPE. Ao longo do seu desabafo, Antônio Campos insinua de que a resistência do PSB Estadual à sua candidatura se devia ao receio de que sua vitória o colocaria como uma nova força nos quadros do partido em Pernambuco. Tonca ainda se queixa de que após os resultados das eleições sequer recebeu um telefonema de solidariedade do Palácio. A ausência de Renata Campos e João Campos em sua campanha também foi apontada por Antônio Campos como evidência de que havia não só um boicote por parte do partido, mas de familiares à sua candidatura. Em relação ao seu futuro político, Antônio Campos disse que pretende continuar a fazer política em Olinda e que nas eleições de 2018 será candidato, no entanto preferiu manter segredo quanto ao cargo que disputará. É bem provável que concorra à Assembleia Legislativa, no entanto, o ressentimento que tem da cunhada Renata Campos pode levá-lo a concorrer a uma vaga para a Câmara Federal, cargo que já foi ocupado por sua mãe Ana Arraes em dois mandatos, o que sem dúvida prejudicaria a candidatura do sobrinho João Campos, que pretende concorrer para este cargo. A apatia a Renata Campos é tão grande por parte de Antônio Campos, que ele chega a acusá-la de que ela jamais gostou do sogro Maximiano Campos, pai de Eduardo e de Antônio Campos. “Ela jamais gostou dos Campos, inclusive do meu pai, mas a perdoo e desejo muita paz a ela, que comanda muito a política do PSB no Estado, sem querer aparecer ostensivamente”, disparou. Embora o PSB tenha saído das urnas como o partido que elegeu o maior número de prefeitos em Pernambuco, é evidente de que a sigla enfrenta um grande racha interno que se divide em três grupos. Um deles é encabeçado por Paulo Câmara, Geraldo Júlio e Renata Campos e que também faz parte o presidente estadual do partido Sileno Guedes. O segundo grupo é liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho, que recentemente conseguiu eleger o filho Miguel Coelho como prefeito de Petrolina e que tem outro como Ministro de Minas e Energias, mesmo indo de encontro a vontade da ala pernambucana do PSB que no início do Governo Temer se colocou contrária a indicação de quadros do partido para compor o grande escalão do Governo Federal. Vale lembrar que Fernando Bezerra Coelho nunca digeriu a atitude do Governado Paulo Câmara de preterir um nome indicado por ele para o comando da Secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado no início do seu Governo. Já a terceira ala do partido é composta pelos arraessistas históricos, lideranças antigas do PSB que se sentem desprestigiadas pela atual cúpula. Embora a maioria dos componentes desta ala prefira manter-se em segredo, pois boa parte deles ocupam cargos mais periféricos no Governo, partem deles a tentativa de convencer Ana Arraes a se aposentar do TCU para concorrer ao Governo de Pernambuco em 2018. A esta fileira se soma Antônio Campos, que por não possuir cargo algum na máquina pública estadual se sente mais à vontade para atacar a direção estadual do partido. Escrito por Wellington Ribeiro

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Antônio Campos acusa cunhada Renata Campos de ingratidão – Imagens: Internet

Derrotado no último domingo na disputa pela prefeitura de Olinda, Antônio Campos, irmão do falecido ex-governador Eduardo Campos, virou um poço de mágoas com o Governador Paulo Câmara e a cúpula estadual do PSB, a quem soltou duras críticas em entrevistas concedidas a diversos veículos de comunicação nesta semana.

Bastante magoado e com razões de sobra para demonstrar descontentamento com o partido, Antônio Campos acusou o PSB estadual de trabalhar no sentido de desestabilizar a sua candidatura no período da pré-convenção e por não evitar a fragmentação de candidaturas de partidos da base aliada no 1ª turno da eleição em Olinda, que chegou ao total de 7 postulantes com ligações diretas com o Palácio. “O PSB estadual durante o período de pré-convenção tentou, várias vezes, desestabilizar a minha candidatura. A fragmentação das candidaturas no 1º turno teve o apoio de setores expressivos do Palácio do Governo”, acusou.

Tonca, como é popularmente conhecido, chegou a oferecer no mês de março a vaga de vice para a esposa de Lupércio, que recusou e mais tarde viria a ser o seu principal opositor. Próximo à convenção, Antônio ainda realizou uma investida contra a candidatura do deputado estadual Ricardo Costa do PMDB, partido do vice-governador Raul Henry, convidando-o para compor a chapa, porém o parlamentar não aceitou e manteve a candidatura.

Ao que parece, o PSB não dispensou a mesma atenção à candidatura de Antônio Campos em relação ao tratamento dado a Geraldo Júlio em Recife, no qual o partido se mobilizou ferozmente para impedir o máximo de candidaturas do campo aliado, inclusive em Recife, os dois únicos partidos aliados que insistiram em candidaturas próprias, o PSDB e o DEM, acabaram sendo destinatários de uma nota assinada pelo próprio governador Paulo Câmara, que na ocasião sugeriu até a entrega dos cargos por aqueles que divergiam da candidatura do partido na capital pernambucana, o que resultou com a retirada dos dois partidos da base aliada do PSB estadual. Naquela ocasião, o PSDB entregou a Secretaria de Trabalho, Emprego e Microempresa e a presidência do Porto do Recife, e o DEM deixou a direção do LAFEPE.

Ao longo do seu desabafo, Antônio Campos insinua de que a resistência do PSB Estadual à sua candidatura se devia ao receio de que sua vitória o colocaria como uma nova força nos quadros do partido em Pernambuco. Tonca ainda se queixa de que após os resultados das eleições sequer recebeu um telefonema de solidariedade do Palácio. A ausência de Renata Campos e João Campos em sua campanha também foi apontada por Antônio Campos como evidência de que havia não só um boicote por parte do partido, mas de familiares à sua candidatura.

Em relação ao seu futuro político, Antônio Campos disse que pretende continuar a fazer política em Olinda e que nas eleições de 2018 será candidato, no entanto preferiu manter segredo quanto ao cargo que disputará. É bem provável que concorra à Assembleia Legislativa, no entanto, o ressentimento que tem da cunhada Renata Campos pode levá-lo a concorrer a uma vaga para a Câmara Federal, cargo que já foi ocupado por sua mãe Ana Arraes em dois mandatos, o que sem dúvida prejudicaria a candidatura do sobrinho João Campos, que pretende concorrer para este cargo.

A apatia a Renata Campos é tão grande por parte de Antônio Campos, que ele chega a acusá-la de que ela jamais gostou do sogro Maximiano Campos, pai de Eduardo e de Antônio Campos. “Ela jamais gostou dos Campos, inclusive do meu pai, mas a perdoo e desejo muita paz a ela, que comanda muito a política do PSB no Estado, sem querer aparecer ostensivamente”, disparou.

Embora o PSB tenha saído das urnas como o partido que elegeu o maior número de prefeitos em Pernambuco, é evidente de que a sigla enfrenta um grande racha interno que se divide em três grupos. Um deles é encabeçado por Paulo Câmara, Geraldo Júlio e Renata Campos e que também faz parte o presidente estadual do partido Sileno Guedes. O segundo grupo é liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho, que recentemente conseguiu eleger o filho Miguel Coelho como prefeito de Petrolina e que tem outro como Ministro de Minas e Energias, mesmo indo de encontro a vontade da ala pernambucana do PSB que no início do Governo Temer se colocou contrária a indicação de quadros do partido para compor o grande escalão do Governo Federal. Vale lembrar que Fernando Bezerra Coelho nunca digeriu a atitude do Governado Paulo Câmara de preterir um nome indicado por ele para o comando da Secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado no início do seu Governo.

Já a terceira ala do partido é composta pelos arraessistas históricos, lideranças antigas do PSB que se sentem desprestigiadas pela atual cúpula. Embora a maioria dos componentes desta ala prefira manter-se em segredo, pois boa parte deles ocupam cargos mais periféricos no Governo, partem deles a tentativa de convencer Ana Arraes a se aposentar do TCU para concorrer ao Governo de Pernambuco em 2018. A esta fileira se soma Antônio Campos, que por não possuir cargo algum na máquina pública estadual se sente mais à vontade para atacar a direção estadual do partido.

Escrito por Wellington Ribeiro

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