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O presidente da Câmara Municipal de Camaragibe, Toninho Oliveira, realizou uma manobra na sessão legislativa desta terça-feira (12) e conseguiu atrasar o Impeachment do prefeito Demóstenes Meira, afastado do cargo e preso no Cotel por corrupção. O parlamentar renunciou ao posto de relator do impedimento forçando a escolha de um novo vereador para a função. Com isso, Toninho conseguiu atrasar a votação definita do Impeachment desta quinta-feira para a próxima segunda-feira, dia 18, data limite regimental para o julgamento.
O estanho é que Toninho sempre foi o maior defensor do Impeachment. Foi o presidente da Câmara quem encampou a liderança das denúncias contra Meira desde o primeiro momento, manobrando, inclusive, nos bastidores, para tirar o desafeto do cargo. O próprio relatório ao qual Toninho renunciou, feito por ele mesmo, já pedia a cassação do prefeito. A pergunta que fica é qual seria o motivo que fez Toninho mudar de posição drasticamente? Nos bastidores da política de Camaragibe corre a informação que Toninho tem um acordo com Meira para ser o candidato do grupo do prefeito em 2020.
O que Toninho não esperava era que o sorteado para subsistiu-lo na relatoria do processo fosse o vereador Délio Júnior, amplamente favorável à cassação do prefeito. De pronto, tão logo foi sorteado, Délio Júnior já informou que concorda com o relatório e que o subscreveria. Resultado: a manobra de Toninho, agora mais novo aliado de Meira, só fez atrasar o Impeachment do prefeito em alguns dias – a votação final será às 9h desta segunda-feira, 18 de novembro, na Câmara.
A manobra, contudo, desencadeou uma enxurrada de críticas a Toninho nas redes sociais. O presidente da Câmara e pré-candidato a prefeito está sendo bombardeado por populares na internet, que o classificam como vendido e traidor do povo. Fica mais uma pergunta: como o parlamentar vai votar na segunda, favorável ou contrário ao afastamento definitivo de Meira?
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