Ministério Público emite recomendação para Prefeitura de São José da Coroa Grande

Ministério Público emite recomendação para Prefeitura de São José da Coroa Grande

Outros quatro municípios também receberam recomendações do MPPE

SAÚDE – Os atuais dados epidemiológicos do sarampo levam o Ministério Público de Pernambuco a chamar os gestores públicos à responsabilidade para o enfrentamento dessa situação. Assim, promotores de Justiça estão expedindo recomendações para que haja intensificação das campanhas municipais de vacinação contra o sarampo, bem como divulgação e mobilização social para a adesão do público às campanhas. Cinco prefeituras foram notificadas esta semana: João Alfredo, Lagoa de Itaenga, Salgadinho, Chã Grande e São José da Coroa Grande.

A preocupação do MPPE baseia-se em dados epidemiológicos da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. Segundo o apurado, no período de 9 de junho de 2019 a 31 de agosto de 2019, foram notificados 20.292 casos suspeitos de sarampo. Destes, 2.753 foram confirmados (13,6%), 15.430 estão em investigação (76%) e 2.109 foram descartados (10,4%).

Pela importância das vacinas na promoção do controle das doenças preveníveis por imunização, como diz a Lei 8.080/90 (Lei Orgânica do Sistema Único de Saúde – SUS), é dever do Estado garantir a saúde na formulação e execução de políticas não somente dirigidas à recuperação, mas também à promoção da saúde e à redução de riscos de doenças e de outros agravos.

Assim, os prefeitos precisam convocar a população para a vacinação nas unidades de saúde local, bem como para mobilizar o público e conscientizar sobre a importância da imunização contra o sarampo. Ainda, devem alertar sobre o risco de disseminação dessa doença em virtude da redução dos índices de imunização no país.

A divulgação deve ocorrer alternativamente pelos meios de comunicação impressos, televisivos, radiofônicos, digitais, redes sociais, bem como por meio de cartazes e folders em órgãos públicos municipais com capacidade de atingir públicos-alvo da vacinação, especialmente em órgãos com grande fluxo de atendimento ao público.

Deve também haver reforço urgente das equipes responsáveis nos postos/salas de vacinação, como ampliados os horários de atendimento, além de registro/monitoração do desempenho da vacinação.

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