Movimentação de Raul Henry desafia liderança de Paulo Câmara

Movimentação de Raul Henry desafia liderança de Paulo Câmara

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Dentre os membros mais importantes que compõe a Frente Popular e entre as lideranças menos expressivas desta grande coalizão, o sentimento comum gira em torno de tentar compreender os motivos que estão levando o deputado federal Raul Henry (MDB) a se rebelar contra esta aliança, inclusive ensaiando uma possível candidatura a prefeito do Recife em oposição ao projeto do PSB, que é o de lançar João Campos para a sucessão de Geraldo Júlio.

Para um graduado político que prefere manter o nome em reserva, Raul estaria agindo com ingratidão contra o governador Paulo Câmara, que na eleição de 2018 garantiu lhe as condições necessárias para se eleger, inclusive fornecendo as bases e demais ferramentas necessárias para não passar vergonha nas urnas. Para este político, foi também graças a engenharia montada pelo Palácio que o então deputado Jarbas Vasconcelos conseguiu vencer Mendonça na disputa pelo Senado.

Dentro do PSB já há quem defenda a diminuição do espaço que o MDB, diga-se Raul e Jarbas, detém no Governo do Estado ( Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação), além do Detran, e inclusive na Prefeitura do Recife, onde hoje comanda a Secretaria de Segurança Urbana.

Para outro graduado político que também prefere o anonimato, a movimentação de Raul em torno de disputar a Prefeitura do Recife, bem como a sua união a Fernando Bezerra Coelho, líder da Oposição e maior inimigo do PSB, serve como um estímulo à rebeldia dentro da base e pode contaminar outros partidos que compõem a Frente Popular.

Se com apenas um senador, um deputado federal e um estadual, e ainda ocupando um robusto espaço no Governo e PCR, o MDB estaria agindo desta maneira, imagine que problemas poderiam acarretar uma movimentação deste tipo realizada por lideranças como Eduardo da Fonte cujo o partido, o PP, possui 11 cadeiras na ALEPE, inclusive o presidente do Legislativo Estadual; André de Paula com o PSD e seus três deputados estaduais, Sebastião Oliveira (PL), Augusto Coutinho do Solidariedade…. ? Vale lembrar que todos os citados não devem ao Palácio os seus mandatos e sequer possuem no Governo o tamanho do espaço ocupado pelo MDB de Raul, além disso, podem oferecer ao PSB nas eleições do Recife em 2020 muito mais que o MDB.

Caso não haja no sentido de enquadrar Raul e Jarbas, o governador Paulo Câmara corre sério risco não de apenas perder aliados, mas de ficar desmoralizado diante da situação. Em tempos de Eduardo Campos coisa do tipo sequer existia, imagine ser deixada passar em branco.

Escrito por Wellington Ribeiro

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