No Recife, caminhada celebra Dia Mundial dos Animais

Grupo de aproximadamente 150 pessoas caminhou pela Avenida Boa Viagem para pedir fim das carroças e mais respeito para os animais


Com cartazes com frases como “Animal não é coisa!”, “A vida deles importa tanto quanto a nossa” e “Cadeia para quem maltrata animais”, um grupo de aproximadamente 150 pessoas, liderado pelo casal de defensores Andreza e Romero Albuquerque, comemorou o Dia Mundial dos Animais em uma caminhada que aconteceu na manhã deste domingo (4) em Boa Viagem. Os manifestantes se concentraram na Praça de Boa Viagem às 9 horas e percorreram 5 km até o início da Avenida Antônio de Góes, onde o ato foi encerrado.

O grupo chamou atenção de banhistas e moradores do bairro, que acompanharam a manifestação das janelas e até desceram dos prédios para mostrar apoio à causa. Romero Albuquerque é também deputado estadual e defende as pautas relacionadas ao tema na Assembleia Legislativa de Pernambuco. A “Caminhada Animal” pediu também o fim das carroças. O deputado é autor do PL 134/2019, que trata da proibição dos veículos de tração animal e deve ser votado ainda em outubro. Durante a caminhada, carroceiros se aproximaram do grupo, mas foram vaiados e orientados por Romero sobre os prejuízos causados à saúde dos cavalos usados em carroças.

O advogado animalista Anderson Correia também participou do ato. Ele é ativista da causa animal no município de Caruaru, e veio participar da manifestação na capital do estado para “engrossar o coro e dizer que a luta pelos animais está apenas começando. Eles têm direito e merecem respeito e dignidade!”.

O Dia Mundial dos Animais é comemorado em 4 de outubro, e a data é sempre marcada por manifestações em diversos locais do mundo inteiro. Este ano, os apoiadores da causa em Pernambuco comemoram ainda o dia estadual de Incentivo à Doação de Sangue Animal e da Adoção Animal, datas incluídas no Calendário Oficial de Datas Comemorativas do Estado de Pernambuco por leis de autoria de Albuquerque.

“Nossa luta é para dar voz aos animais. Se eles falassem, o que seria mais assustador, o fato de falarem ou o que eles nos diriam depois de anos e anos de exploração e maus-tratos? Estamos aqui para dizer à sociedade recifense que nosso trabalho pela vida dos animais, sem distinção de espécie, raça ou porte, é importante e vai continuar até onde for necessário”, disse Andreza.

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