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Contando com o comando da prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, 2º maior colégio eleitoral do estado, uma cadeira na ALEPE e outra na Câmara Municipal do Recife, a família Ferreira, que tem como precursor o ex-deputado Manoel Ferreira, aposta na estratégia bastante ousada de lançar André Ferreira como candidato ao Senado.
Evangélico, André tem utilizado os meios de comunicação para estreitar a relação com este seguimento. Ele não apenas mantém um programa na rádio Maranata FM de segunda à sexta, mas também possuiu um espaço na TV Band/Tribuna aos sábados.
Amparado em dados que apontam Pernambuco como o estado que concentra o maior percentual de evangélicos do nordeste e acreditando que a onda conservadora que tem tomado conta da pauta política do país beneficia de forma direta os candidatos ligados a este seguimento, André tem acreditado na viabilidade de sua candidatura.
No entanto, diferente de uma candidatura proporcional, onde os evangélicos já provaram que são capazes de assegurar votações expressivas para os seus representantes, a disputa pelo Senado exige uma engenharia bem mais complexa para alcançar o êxito. Ela passa pela composição do palanque, pois é disso que depende grande parte da eleição de um senador.
Uma pergunta que não quer calar: Por que André Ferreira não conta com o apoio dos líderes das maiores denominações evangélicas no estado, a exemplo de Pr. Ailton José (Assembleia de Deus – IEADPE), Pr. Roberto José (Assembleia de Deus Abreu e Lima) e da igreja Universal?
Avanço 1 – Detentor de uma habilidade política encontrada em poucos, o deputado estadual Eriberto Medeiros (PP) tem mostrado como se constrói uma campanha para deputado federal com competência. Ele firmou recentemente duas dobradinhas que juntas devem lhe render entre 5 e 6 mil votos.
Avanço 2 – Uma delas foi firmada com o deputado estadual Antônio Moraes (PP) envolvendo o município de Macaparana. Lá ele será votado pelo ex-prefeito Paquinha. A outra foi com o deputado estadual Zé Maurício e implica em uma permuta entre João Alfredo e Cumaru. A primeira cidade é a principal base de Zé Maurício, enquanto que a segunda é comandada por Mariana, esposa de Eriberto.
O senador de Bolsonaro – Embora o PSL ainda não tenha decidido se apoiará Coronel Meira (PRP) para governador ou lançará candidato próprio, o partido já definiu que o seu candidato ao Senado será Gilson Machado. Empresário respeitado do setor de comunicação e eventos, Gilson conta a seu favor o fato de ser o único candidato oficial de Bolsonaro ao Senado no estado. É confiando nisto e no discurso afiado contra a corrupção que ele espera alcançar uma expressiva votação na disputa.
Ganhando espaço 1 – Aposta feminina do PSC para conquistar uma cadeira na ALEPE, Débora Serafim deverá alcançar uma expressiva votação no município de Xexéu graças ao apoio que tem do ex-prefeito Boaz e Gel de Marcos. Já no Recife e em Jaboatão a pré-candidata também tem conseguido fechar boas parcerias com várias lideranças.
Ganhando espaço 2 – Outros municípios onde Débora deverá obter um bom desempenho nas urnas é Sirinhaém, onde já foi vice-prefeita, e em Ipojuca graças ao prestígio e liderança política que o seu pai, o ex-prefeito Pedro Serafim, exerce por lá. Da maneira com que a sua campanha vem ganhando corpo não será surpresa alguma ela surgir como uma das eleitas da chapinha do PSC.
Falta liderança – Generalizou em Arcoverde o comentário de que falta à prefeita Madalena Britto liderança para comandar o processo político dentro do seu grupo. Tudo porque a gestora ainda não conseguiu convencer a vereadora Dra. Cybele a desistir da candidatura à deputada estadual em benefício do deputado estadual Eduíno Brito, seu candidato.
Correndo solto – Enquanto o grupo situacionista se divide em Arcoverde, o deputado estadual Júlio Cavalcanti (PTB) corre solto na oposição com chances reais de ser o candidato mais votado nesta eleição no município. Atualmente com duas cadeiras na ALEPE, Arcoverde corre sério risco de ficar com apenas uma vaga a partir de 2019, sendo Júlio o nome mais provável a ocupa-la.
Obstinado 1 – O pré-candidato a deputado estadual Clóvis Paiva (PP) não tem medido distância para buscar o voto. Ontem ele esteve em Petrolina, no Sertão do São Francisco, onde fechou com um grupo de empresários e lideranças políticas locais. No domingo estará em Água Preta para ser apresentado oficialmente como o candidato do ex-prefeito Armando Souto.
Obstinado 2 – Embora fosse esperado que Clóvis concentrasse a campanha na Mata Sul, já que é nesta região onde está Ribeirão, município que comandou por oito anos, o pré-candidato tem ido longe para garantir a sua eleição. Recentemente ele fechou com o ex-prefeito Paulo Chaves (Tacaimbó), no Agreste Central, e com o empresário Pepe, liderança que tem pretensões majoritárias para 2020 em Moreno, na Região Metropolitana. No total Clovis já contabiliza apoios consistentes em 34 municípios, o que o torna um forte candidato a garantir uma cadeira na chapinha do PP.
Pretextos 1 – Não faltam hipóteses para tentar explicar a decisão tomada pelo deputado estadual Clodoaldo Magalhães de romper os laços políticos com o deputado federal João Fernando. Entre as teses levantadas para o fim da aliança estaria o interesse da família Magalhães em disputar a prefeitura de Água Preta em 2020, município onde Eduardo Coutinho é prefeito e tem direito à reeleição.
Pretexto 2 – Já a outra hipótese que teria motivado o rompimento diz respeito ao fato de João Fernando ter estimulado a candidatura do empresário palmarense Filho do Posto para deputado estadual pelo Pros. A candidatura de Filho do Posto estaria atrapalhando Clodoaldo em Palmares e avançando por Água Preta.
Quem será? – Agora a expectativa está voltada sobre qual candidato Clodoaldo apresentará como o federal do seu grupo. Caso o nome escolhido seja o de João Campos, ficará muito difícil convencer João Fernando que este movimento para o fim da parceria não haveria tido o dedo do Palácio.
Escrito por Wellington Ribeiro – E-mail: [email protected]
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