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ESCRITO POR WELLINGTON RIBEIRO
Nesta terça (23) a Assembleia Legislativa de Pernambuco decide quem será o mais novo conselheiro do Tribunal de Contas. Dada a proporção política que alcançou a disputa, o que está em jogo não é apenas o futuro de Rodrigo Novaes (PSB) e Joaquim Lira (PV), candidatos ao cobiçado cargo vitalício que oferece salário igual ao de desembargador do TJPE e o poder de julgar as contas de gestores do Governo do Estado, Prefeituras e Câmaras de Vereadores, além de entidades da administração indireta do estado e dos municípios, caso sejam ordenadores de despesa, mas também medirá a força e influência de dois importantes expoentes da política local, Álvaro Porto, presidente da ALEPE, e da governadora Raquel Lyra. Enquanto Porto apoia Novaes, Raquel trabalha por Joaquim. Nesta disputa uma vitória de Rodrigo representará uma derrota de Raquel, por sua vez, um triunfo de Joaquim será visto como um fracasso de Álvaro.
PULANDO – Embora seja comum a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da ALEPE realizar uma sabatina com os candidatos ao TCE, o Colegiado optou por não realizar o rito. A decisão não fere o Regimento Interno da Casa, já que a sabatina não é algo obrigatório.
DEDOS CRUZADOS – Além de Novaes e Joaquim Lira, quem anda com a expectativa em alta sobre o resultado da eleição para o TCE são os suplentes Odacy Amorim (PT) e Diogo Moraes (PSB). O futuro político de ambos está em jogo nesta eleição.
EDUCAÇÃO – A Audiência Pública realizada ontem (22) na ALEPE para discutir o aumento no salário dos professores da rede pública estadual foi bastante tensa. O secretário estadual da Fazenda, Wilson José de Paula, disse que é inviável o reajuste de 14,95% para toda a categoria, como reivindicam os profissionais da educação. Segundo ele, o aumento poderia fazer com que Pernambuco atingisse o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Vale destacar que projeto corrige a remuneração dos servidores que estão abaixo do piso, contemplando apenas 32% dos profissionais.
EM DEFESA DOS PROFESSORES – Indo na contramão do que pensa o Governo do Estado, que mandou uma PL para a ALEPE concedendo aumento que contempla apenas uma pequena parte dos professores, a deputada Débora Almeida, líder do partido da governadora Raquel Lyra no Legislativo Estadual, sugere que o alcance seja para todos os profissionais do magistério. “O que a gente propôs ao governo na audiência é que venha um projeto com reajuste do piso, mas também na carreira.”, disse a parlamentar em entrevista a este blog.
BATEU PESADO – O deputado Sileno Guedes (PSB), declarou que a discussão do projeto em regime de urgência é “um desserviço que se presta”, e que a Alepe não pode, por meio de um projeto de lei, “desmanchar todo um plano de cargos e carreiras construído com muita luta dos sindicatos de professores e professoras ao longo da história”. Além disso, ele destacou a necessidade de ampliar o debate com o sindicato e o governo.
CORTINA DE FUMAÇA – Enquanto isso, a governadora Raquel Lyra realizou maior ato de nomeação de candidatos aprovados em concurso público para professores da rede estadual dos últimos dez anos. Uma edição extra do Diário Oficial divulgou o nome de 2.907 docentes.
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