Tag: Senado Federal

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Comissão sobre H2V do Senado apresenta minuta de projeto de lei sobre o setor

Comissão sobre H2V do Senado apresenta minuta de projeto de lei sobre o setor

Presidida nesta quarta (18) pelo senador Fernando Dueire (MDB-PE), a comissão especial sobre Hidrogênio Verde do Senado Federal apresentou a minuta do projeto de lei que regulamenta a política de produção do energético no País. A matéria, que agora irá aguardar o parecer do relator, senador Otto Alencar (PSD-BA), está com prazo aberto para recebimento de sugestões ou emendas. Após a consolidação e votação na comissão do texto final do projeto de lei, a matéria tramitará no Congresso. O documento apresentado hoje pela comissão busca normatizar as atividades de produção, usos e aplicações do hidrogênio de baixo carbono no Brasil, em sintonia com a busca pelo desenvolvimento de novas alternativas de gestão energética e com o movimento de apelo global em favor da descarbonização das economias ao redor do mundo. “Essa minuta de projeto de lei foi feita após uma intensa agenda de trabalho, visitas, reuniões e audiências que a comissão vem realizando desde o início do ano. Vamos aperfeiçoá-la e fazer os ajustes necessários para sua aprovação e aplicação no País”, explicou Dueire. O documento sugere as bases de uma política de incentivo ao hidrogênio de baixo carbono, seus princípios e objetivos, além de definições de governança, o que inclui a criação de um comitê gestor com participação de diferentes representações ministeriais. O texto também define incentivos tributários, dados regulatórios e um programa de fomento ao setor. “Em nosso texto também incluímos disposições sobre a certificação do hidrogênio e sobre a interface de sustentabilidade, como as que incluem o uso da água para a produção do energético”, completou o senador pernambucano. Segundo a minuta de projeto de lei proposta pela comissão, as atividades de produção de hidrogênio de baixo carbono serão exercidas por empresa ou consórcio de empresas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no País. E a autorização para sua produção caberá à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já a autorização para produção proveniente da eletrólise da água caberá à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana). [...]
Ponto de Vista de Brasília – Tensão entre Congresso e STF: o equilíbrio democrático ameaçado?

Ponto de Vista de Brasília – Tensão entre Congresso e STF: o equilíbrio democrático ameaçado?

Por Dennys Sousa, Cientista Político No dia 5 de outubro de 1988, a Constituição Federal do Brasil foi promulgada, estabelecendo os princípios e regras que regem o país até hoje. Ao longo de seus 35 anos de existência, a Carta Magna tem sido um importante instrumento de defesa da democracia e da separação dos Poderes. O cenário político nacional está marcado por debates acalorados sobre a relação entre os Poderes Legislativo e Judiciário, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, a recente tensão entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) ameaça o equilíbrio democrático que a Constituição estabelece. O embate entre o Congresso Nacional e o STF tem se intensificado nos últimos meses, com parlamentares argumentando que o Judiciário está interferindo excessivamente nas atribuições do Legislativo. Diante desse contexto, várias propostas visando limitar os poderes do STF estão em discussão. Em um contexto de polarização política, parlamentares de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm criticado a atuação do STF em uma série de temas, como o aborto, a descriminalização das drogas e o marco temporal para demarcação de terras indígenas. O STF, por sua vez, tem defendido a independência do Judiciário e a importância da separação dos Poderes. Argumentos do Congresso para limitar poderes do STF 1. Os parlamentares que defendem a limitação dos poderes do STF argumentam que a Corte está extrapolando suas atribuições constitucionais. A principal crítica é direcionada às decisões monocráticas, proferidas por um único ministro do STF. Esses parlamentares alegam que as decisões monocráticas podem interferir na autonomia do Legislativo e do Executivo. 2. Outro argumento é que a falta de um mandato fixo para os ministros do STF pode levar à perpetuação de uma mesma visão política na Corte. *Propostas em discussão: 1.  Mandato no STF e Decisões Monocráticas: - A PEC 16/2019, apresentada pelo senador Plínio Valério (PSDB – AM), propõe estabelecer um mandato de oito anos para os ministros do STF. - A PEC 51/2023, protocolada recentemente, sugere limitar os mandatos dos ministros a 15 anos e promover modificações no processo de escolha desses membros. - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD – MG) , defende a limitação de mandatos, argumentando que essa prática é adotada em outros países e contribuiria para a renovação da composição do STF. 2. Limitação de Decisões Monocráticas: - Aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a PEC 8/2021, apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães (PODE – PR), visa limitar as decisões monocráticas que suspendem a eficácia de leis ou atos dos presidentes da República ou do Congresso Nacional. - A discussão sobre essa proposta enfatiza a importância da colegialidade no STF. 3. Derrubar Decisões do STF: - A PEC 50/2023, proposta pelo deputado federal Domingos Sávio (PL – MG), busca permitir que o Congresso possa derrubar, por maioria qualificada, decisões do STF que "extrapolem os limites constitucionais". - No entanto, essa proposta enfrenta dificuldades em termos de alcance constitucional A tensão entre o Congresso e o STF também repercutiu na política nacional, reorganizando a oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Grupos políticos, como ruralistas e evangélicos, que antes apoiavam Jair Bolsonaro (PL), agora se unificaram na agenda contra o tribunal. Nesse contexto, é importante destacar que o debate em torno dessas propostas não significa um desrespeito à independência entre os Poderes, mas sim a busca por equilíbrio e aprimoramento do sistema político e judicial do Brasil. A Constituição Federal de 1988 continua sendo o pilar da democracia brasileira, e o diálogo entre os Poderes é fundamental para garantir sua eficácia e a proteção dos direitos dos cidadãos. A tensão entre os dois Poderes é um sinal de alerta para a democracia brasileira. O equilíbrio entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário é fundamental para o funcionamento de um Estado Democrático de Direito. Possíveis consequências da tensão entre Congresso e STF A tensão entre os dois Poderes pode ter consequências graves para a democracia brasileira. Em um cenário extremo, a crise pode levar a um confronto institucional, com consequências imprevisíveis. Mesmo que a crise não chegue a esse ponto, ela pode prejudicar a imagem democrática e dificultar a aprovação de reformas importantes para o país. Em conclusão, essa tensão mostra um cenário político no Brasil marcado pela crescente divergência entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). A discussão sobre a limitação dos poderes do STF, especialmente no que diz respeito aos mandatos dos ministros e às decisões monocráticas, tornou-se um ponto central no debate político do país. As propostas em andamento visam estabelecer mandatos de oito anos para ministros do STF e a proposta que busca limitar as decisões monocráticas, refletem a busca por um equilíbrio entre os poderes e a preocupação com a independência e a autonomia do Legislativo. Argumentos pró e contra essas propostas foram apresentados por diversos atores políticos, incluindo o presidente do Senado, que defende a limitação de mandatos como uma prática comum em outros países No entanto, é importante ressaltar que o debate em torno dessas questões não deve ser visto como uma ameaça à democracia brasileira ou à independência dos Poderes. Pelo contrário, a Constituição Federal de 1988 continua sendo o alicerce da democracia no país, e o diálogo entre os Poderes é fundamental para aperfeiçoar o sistema político e judicial, garantindo que ele atenda às necessidades e aos valores em constante evolução da sociedade brasileira. Portanto, à medida que o Brasil comemora 35 anos de sua Constituição Federal, o país enfrenta desafios importantes relacionados à separação de poderes e à busca por um sistema que atenda aos interesses do povo. O debate político em curso é um reflexo da dinâmica democrática, e a sociedade deve continuar a acompanhar atentamente esses desenvolvimentos em busca de soluções que fortaleçam a democracia e a estabilidade institucional. E AGORA? – A tensão entre Congresso e STF é um sinal de crise democrática no Brasil ? [...]
Senador Jarbas Vasconcelos se aposenta da vida parlamentar

Senador Jarbas Vasconcelos se aposenta da vida parlamentar

O Senador Jarbas Vasconcelos (MDB) decidiu se aposentar da vida parlamentar. Após se licenciar do cargo, em dezembro do ano passado, para realizar tratamento de saúde, o senador resolveu formalizar nesta terça (05) a sua saída em definitivo da Casa. Em seu lugar, assume formalmente a representação de Pernambuco no Senado Federal Fernando Dueire (MDB), primeiro suplente de Jarbas que já vinha no exercício do mandato desde o ano passado. “Na minha vida pública, sinto-me grato por ter trilhado o caminho ao lado do povo de Pernambuco. Pude contar com a confiança do meu Estado em diferentes momentos e, em todos eles, procurei retribuir a confiança defendendo projetos que tivessem real impacto na vida das pessoas. Posso dizer, com orgulho, que tive o privilégio de ter ao meu lado uma equipe técnica e política competente. Juntos, soubemos priorizar a participação popular, modernizar as estruturas de atuação municipal e estadual, fazer relevantes obras de infraestrutura, investir na cultura, na educação, na saúde e na criação de importantes programas e iniciativas que impulsionaram a economia do Estado. Durante e após os meus mandatos, sempre saí de cabeça erguida, certo de que, com erros e acertos, fiz o que pensava ser melhor para o povo. Chegar aos 81 anos, tendo 50 deles na vida pública, poder andar nas ruas e contar com o olhar respeitoso do cidadão e dos pares é, para mim, motivo de altivez e de que fiz o meu melhor. É movido por esse mesmo orgulho e consciência cívica que decido, neste momento, deixar o Congresso por entender que minha contribuição ao País será dada, de agora em diante, de outra forma. Minha admiração e respeito a todos que me acompanharam ao longo das últimas décadas. À minha família meu mais profundo agradecimento por sempre estarem ao meu lado. A Fernando Dueire, suplente que escolhi pessoalmente e que passa a ocupar em definitivo a honrosa tarefa de representar Pernambuco no Senado Federal, meus sinceros votos de muito sucesso. Qualquer palavra de agradecimento que tentasse expressar não estaria à altura da gratidão que tive por representar e defender o meu Estado nos últimos 50 anos da minha vida". Trajetória - Com mais de 50 anos de atuação política, Jarbas construiu em todos os cargos que ocupou uma carreira marcada por dedicação, ética e comprometimento com Pernambuco. Ainda na juventude, foi cofundador do MDB, partido pelo qual foi eleito Deputado Estadual (1971-1975) e Deputado Federal (1975-1979 e 1983-1985), obtendo a maior votação então conferida a um candidato no Estado. Com a redemocratização no País, no primeiro pleito direto pós-ditadura, foi eleito Prefeito do Recife, cargo que ocupou por dois mandatos (1986-1988 e 1993-1996). No período, foi reconhecido nacionalmente por seus programas de gestão participativa. Foi Governador de Pernambuco também dois duas vezes (1999-2006), período que enfrentou o desafio de atualizar a infraestrutura do Estado, tirando do papel obras estruturadoras para o desenvolvimento da Região Metropolitana, Agreste e Sertão. De volta ao Congresso Nacional, ocupou pela primeira vez o cargo de Senador da República entre os anos de 2007 a 2015, sendo eleito na sequência novamente Deputado Federal (2015-2019). Em nova eleição majoritária, voltou ao Senado Federal, mandato que iniciou em 2019. [...]
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