O Recife precisa de um gestor e não de um agitador de bandeiras, dispara Wanderson Florêncio

O Recife precisa de um gestor e não de um agitador de bandeiras, dispara Wanderson Florêncio

Deputado não poupou críticas ao prefeito Geraldo Júlio


“Lula livre! Lula preso! Gritos roucos de uma enfadonha disputa política que em nada acrescenta ao cotidiano do cidadão recifense.

É bem verdade que no esteio de uma linha política nacional, latino-americanizada (vivemos nesse prisma momento de grande preocupação, mas me contenho a discorrer noutro momento), as bandeiras ideológicas ou aspirações do tipo caibam, no entanto, vê-se chegar a hora de falarmos do feijão com arroz nosso de cada dia.

Avizinha-se uma eleição municipal e o Recife clama por respostas, novos posicionamentos, ideias, por uma cidade renovada, inteligente, cidadã, inclusiva, ambientalmente sustentável.

Resta claro que o deserto árido da falta de liderança bateu também a porta do PSB partido hegemônico no estado. O prefeito Geraldo Julio ver encerrar o sétimo ano da sua gestão sem que tenha assumido sequer a liderança do seu partido, o governador Paulo Câmara muito menos, parece inclusive não querer. Nos atos de maior simbolismo, como a recente recepção a Lula, sempre à frente a Senhora Renata Campos, com o filho a tira colo, como se levasse o filho a escola.

Ainda no campo vermelho, Marília Arraes, mostra ter coragem, mas não resta nada além de agitar a velha bandeira já desbotada.

O Recife precisa de mais, precisa falar de suas feridas, não pode a oposição ao PT/PSB achar que entre o aeroporto dos Guararapes e o aeroporto Juscelino Kubitschek encontrará as soluções do Recife e dela própria.

Como vamos nos posicionar diante dos temas mais urgentes da nossa cidade? Quem vai ter a coragem de enfrentar o modelo de educação hoje falido do Recife? Com mais de 300 escolas em sua maioria de ruim qualidade. Quem teria a coragem de inverter essa lógica, por mais qualidade e menos quantidade?

Quem teria a coragem de informatizar o atendimento da rede municipal de saúde, fazendo com que os médicos cumprissem horário e os remédios rastreados?

Quem seria o nome, sem amarras, para sacudir e liderar um novo pacto para transporte metropolitano? O atual não serve mais, é péssimo, e não se registra uma palavra do prefeito!

Quem estaria disposto a enfrentar o populismo eleitoral e fazer dos 21 hectares do terreno do Aeroclube uma transformação urbanística para a zona sul do Recife?

Qual prefeito encararia o centro do Recife – comércio e turismo – como vitrine da sua gestão?

Quem teria o desprendimento de tirar do papel um projeto de padronização das calçadas e principais vias públicas, encarando com seriedade e prioridade, a acessibilidade?

Qual prefeito estabeleceria um calendário cultural na nossa cidade, sem a mendicância que existe hoje em torno dos ciclos festivos?

Quem pensaria o Recife sem antever eleições?

Essas, e outras tantas, são as perguntas que precisam ser feitas! Quem se habilita a vivenciar, estudar, corrigir e dar rumo a uma cidade que há anos não se planeja e não inova.

Penso que já é hora de abrirem as cortinas para uma nova era, sem o ranço do que tá aí. Buscar as pessoas independentes da nossa cidade para serem protagonistas. A montagem de uma nova aliança, de ideias e de propósitos.”

Wanderson Florêncio – Deputado Estadual – PSC

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