RADAR POLÍTICO (18/03) – Quem vai querer disputar contra Marília Arraes?

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ESCRITO POR WELLINGTON RIBEIRO

A decisão de Marília Arraes de deixar o Partido dos Trabalhadores para encarar uma disputa ao Senado caiu como uma verdadeira bomba no meio politico, sobretudo na Frente Popular. O movimento, sem dúvida, mexeu no xadrez eleitoral. Se até uma semana atrás todos apostavam as fichas no favoritismo do candidato ao Senado a ser apresentado pela Frente Popular, agora a balança mudou e muito, ao ponto de acreditar que o PT, que tem a preferência da indicação, poder recuar do projeto e indicar o vice da chapa de Danilo Cabral.

Líder em todas as pesquisas na disputa pelo Senado, Marília, que carrega o forte e simbólico sobrenome Arraes, reúne um lastro politico/eleitoral que impõe medo aos adversários. Talvez alguns possam avaliar que Marília perde ao sair do PT, partido com o qual possui forte identidade, no entanto não custa lembrar que o mesmo falaram quando ela decidiu sair do PSB. Na época, Marília, então vereadora do Recife, bateu de frente com o governador Eduardo Campos, seu primo, no auge da sua popularidade e mesmo assim não só conseguiu sobreviver, como também cresceu ao ponto de ampliar a sua votação na reeleição em 2016 e depois despontar como quadro bastante competitivo na disputa pelo Governo do Estado em 2018, projeto que foi frustrado pelo PT.

Agora Marília, sem as amarras do PT, tem o caminho livre para disputar o Senado. Um dos partidos com quem ela tem conversado e encontrou as portas abertas foi o Solidariedade. Diante deste novo cenário qual a liderança da Frente Popular que estaria com disposição e coragem de enfrentá-la na disputa?

NA PAREDE – Com Anderson Ferreira (PL) tendo já apresentado Gilson Machado Neto como seu candidato ao Senado e Raquel Lyra (PSDB) prestes a anunciar Marília Arraes, cresce a pressão sob o pré-candidato a governador Miguel Coelho (União Brasil). O petrolinense precisa criar urgentemente um fato novo, diga-se: apresentar um bom candidato (a) ao Senado, para animar a tropa.

NA PAREDE 2 – O mesmo sentimento de pressão recai sob a Frente Popular. O “processo” de escolha do candidato do PT ao Senado minguou. Será que os deputados federais Eduardo da Fonte (Progressistas), André de Paula (PSD) e Silvio Costa Filho (Republicanos) ainda estariam com a disposição de encarar a parada?

ADESÃO – O grupo de ex-prefeitos, ex-deputados, vereadores, sindicalistas e lideranças religiosas que estão montando uma chapinha para deputado estadual confirmaram mais uma adesão ao projeto. Trata-se da vereadora Irmã Iolanda, a mais votada de Paulista em 2020. Vale lembrar na eleição de 2018 Irmã Iolanda disputou a ALEPE e conquistou quase 13 mil votos na ocasião.

CAMINHO MAIS FÁCIL – Com um grupo bastante consolidado e com quadros que disputam em pé de igualdade, a chapinha apresenta potencial de conquistar até três cadeiras na ALEPE com o atrativo de poder eleger deputado estadual com votação inferior a 20 mil votos. Ficou para a próxima semana a reunião que discutirá qual o partido acomodará os pré-candidatos.

ALGUÉM RESPONDE? – Clarissa Tércio e Junior Tércio irão mesmo para o PL de Anderson Ferreira ou optarão pelo Progressistas de Eduardo da Fonte?

Wellington Ribeiro é pós-graduado em Gestão Pública e Legislativa pela UPE – E-mail: [email protected] Whatshap (81) 99521-6544

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