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Com a definição da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), um detalhe chamou atenção entre os parlamentares. Eleito para a terceira suplência, o Deputado Joel da Harpa entra para a história como um político negro a fazer parte da composição administrativa do Poder Legislativo do estado.
“Impossível não observar tal detalhe. É notório que ainda é baixa a representação de negros no Legislativo, afirma. Nas últimas eleições para o Legislativo, em 2018, o País elegeu apenas 4% de parlamentares negros. Foram apenas três senadores e 39 deputados estaduais em 26 unidades da federação, segundo pesquisa realizada pelo cientista social Osmar Teixeira, autor de uma tese de doutorado sobre a representatividade da população negra no Legislativo.
Mais da metade da população brasileira (54%) é composta de cidadãos que se autodeclaram negros – grupo que, segundo o IBGE, reúne pretos e pardos. Mas isso não se reflete na representação política. “Com a maioria da população brasileira sendo negra, a ausência de negros no parlamento representa um contrassenso, em que a minoria passa a resolver os problemas da maioria”, conclui.
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