Falta consenso para a escolha dos presidentes de Comissões da ALEPE

Os três principais Colegiados definem seus presidentes nesta terça (28)


Nesta terça (28) a Assembleia Legislativa decide quais deputados irão comandar as Comissões de Constituição, Legislação e Justiça; Finanças, Orçamento e Tributação; e Administração Pública. O que existe de diferente nessas escolhas em relação a de Legislaturas passadas é que existe grande possibilidade desses comandos irem para um bate-chapa.

Nos governos anteriores, por exemplo, esses três postos eram escolhidos por meio do que se pode chamar de ‘consenso impositivo’ construído pelo PSB, sigla que comandava o estado e que liderava uma bancada governista gigante, o que não dava margem para que a oposição conseguisse o número suficiente de titulares para ameaçar a hegemonia dos interesses dos socialistas nestes Colegiados. Agora, por sua vez, as correlações de forças dentro da ALEPE vivencia um momento ímpar com uma base governista e de oposição inferior ao número de parlamentares que se declaram ‘independentes’. Por conta desta nova formatação existe um choque de interesses que gera uma dificuldade enorme para a criação de consenso e que deve culminar nos bate-chapas para o comando das Comissões.

Caso nenhum consenso seja construído na manhã de hoje, a presidência da CCLJ deve ser disputada  por Antônio Moraes (PP) com o apoio do Governo e Waldemar Borges (PSB) pela oposição. Ambos também possuem votos dos independentes. Já o comando da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação tem como candidata governista a parlamentar Débora Almeida (PSDB) e a bancada independente tem em Antônio Coelho (União Brasil) o seu nome para a disputa. Por fim, a Comissão de Administração Pública tem o deputado Joaquim Lira (PV) como nome escolhido pela Federação PT/PV/PCdoB para concorrer ao posto, no entanto existe a possibilidade de que partidos como o PSB, União Brasil e PL caminhem com outro nome.

Em conversa com o Blog no início da manhã desta terça, um parlamentar, que prefere manter o nome sob reserva, reconheceu que existe este clima de disputa pelo comando das principais Comissões e alertou que a falta de consenso para definir o comando destes três Colegiados pode contaminar a escolha dos presidentes das demais Comissões permanentes. “Se o clima está assim agora, não duvido que a escolha de outras presidências caminhem no mesmo sentido”, alertou.

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