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Ponto de Vista de Brasília (29/10) – Lula demite terceira mulher do alto escalão do Governo para abrigar Centrão

Ponto de Vista de Brasília (29/10) – Lula demite terceira mulher do alto escalão do Governo para abrigar Centrão

Por Dennys Souza O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu, nesta quarta-feira (25), a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, a terceira mulher a deixar um cargo de comando no governo em menos de um ano. A saída de Serrano foi negociada com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), que indicou Carlos Vieira, servidor de carreira do banco, para o cargo. A demissão de Serrano é mais um exemplo da subordinação do governo Lula ao Centrão, bloco de partidos políticos que controlam o Congresso Nacional. Em julho, Lula demitiu Daniela Carneiro do Ministério do Turismo para abrigar o deputado Celso Sabino (União-PA), do mesmo partido. Em setembro, foi a vez de Ana Moser deixar o Ministério dos Esportes para dar lugar ao deputado André Fufuca (PP-MA). A saída de Serrano foi criticada por movimentos feministas e por servidores do banco. Em nota, o Sindicato dos Bancários do ABC afirmou que a demissão é "uma perda para as mulheres e para o país". A decisão de demitir Rita Serrano foi parte de uma reforma ministerial e não levou em consideração o critério de gênero. Durante o processo de reforma ministerial, o presidente negociou o comando da Caixa Econômica Federal com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), indicando Carlos Vieira para o cargo, sem levar em consideração o gênero na escolha. Essa estratégia de divisão de cargos entre partidos do Centrão, como PP e Republicanos, foi uma resposta às pressões políticas dessas legendas. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (27), Lula responsabilizou os partidos políticos pela falta de representatividade feminina no governo. "Quando um partido político tem de indicar uma pessoa e não tem mulher, eu não posso fazer nada", afirmou. O presidente afirmou que ainda pode trocar mais pessoas no governo para aumentar a presença feminina no Executivo. "Eu só estou com dez meses de mandato. Eu posso ter uma maioria de mulher.", disse. Ao responsabilizar os partidos políticos pela falta de representatividade feminina no governo, ele terceiriza a responsabilidade dessa avaliação quando alega que sua capacidade de indicar mulheres depende das opções dos partidos aliados. Ele expressa seu desejo de aumentar a presença feminina em seu governo, mas ressalta as dificuldades que enfrenta para atingir essa meta, considerando as alianças partidárias. Lula enfatiza que sua disposição de indicar mais mulheres não é acompanhada pela possibilidade real de fazê-lo e que a falta de representatividade feminina o incomoda. O presidente admite que opções para incluir mais mulheres no governo são limitadas pela disponibilidade de candidatas nos partidos aliados. Apesar de seu compromisso em indicar mais mulheres, ele destaca que a mudança nem sempre é possível, dada a escassez de candidatas. O compromisso de Lula em não levar em consideração o gênero ao escolher candidatos para cargos de liderança se estende a sua decisão sobre a vaga no Supremo Tribunal Federal, onde os principais candidatos cotados são homens, ele afirma que não considerará o critério de gênero ao fazer sua escolha, concentrando-se em indicar alguém de sua confiança, com quem tenha afinidade pessoal e que defenda pautas progressistas. Os principais cotados para a vaga são homens. A demissão de Serrano é um retrocesso para a representatividade feminina no governo brasileiro. É um sinal de que o Centrão, que já domina o Congresso, está agora também controlando o Executivo. O que tem incomodado os apoiadores e com razão está relacionado com a representatividade feminina no governo, que vem perdendo espaço para acomodar aliados políticos do Centrão, enquanto ele responsabiliza os partidos por não indicarem mais mulheres, o presidente até mostra vontade de aumentar a presença feminina no governo, mas enfrenta desafios nesse sentido devido às alianças partidárias e à escassez de candidatas. E AGORA?– Quem será a próxima mulher a perder um cargo no alto escalão do governo? [...]
Eduardo da Fonte apresenta Projeto de Lei para instituir a obrigatoriedade de sala sensorial nos órgãos de atendimento ao público

Eduardo da Fonte apresenta Projeto de Lei para instituir a obrigatoriedade de sala sensorial nos órgãos de atendimento ao público

O Projeto de Lei de nº 4951/2023, do deputado federal Eduardo da Fonte, foi apresentado no dia 11 de outubro e torna obrigatória a instalação e a manutenção de sala sensorial nós órgãos oficiais de atendimento ao público. Essa obrigatoriedade se dará no âmbito dos três poderes, em esfera federal, estadual e municipal, nas concessionárias de serviços públicos e nos bancos, destinados ao acolhimento de pessoas com neurodivergentes, durante o período de atendimento do responsável. O objetivo principal desse PL é preservar o bem-estar das pessoas com deficiência e garantir a dignidade às mães e responsáveis que, muitas vezes, apesar do direito ao atendimento prioritário, enfrentam longos períodos para serem atendidas em repartições públicas, nas concessionárias de serviços públicos ou nos bancos. “Nossa proposta visa dar suporte às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Paralisia Cerebral, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), etc, e suas famílias enquanto esperam serem atendidas. Esses ambientes deverão contar com a presença de profissionais especializados e espaços de estímulo sensorial e integração visual, tátil e auditiva, de acordo com o padrão estabelecido pelo SUS”, afirma o deputado Eduardo da Fonte. As salas sensoriais também poderão exercer um papel importante pra o acolhimento e a reorganização de servidores e empregados com TEA, facilitando a inclusão desses trabalhadores no mercado de trabalho. [...]
Ponto de Vista de Brasília – Tensão entre Congresso e STF: o equilíbrio democrático ameaçado?

Ponto de Vista de Brasília – Tensão entre Congresso e STF: o equilíbrio democrático ameaçado?

Por Dennys Sousa, Cientista Político No dia 5 de outubro de 1988, a Constituição Federal do Brasil foi promulgada, estabelecendo os princípios e regras que regem o país até hoje. Ao longo de seus 35 anos de existência, a Carta Magna tem sido um importante instrumento de defesa da democracia e da separação dos Poderes. O cenário político nacional está marcado por debates acalorados sobre a relação entre os Poderes Legislativo e Judiciário, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, a recente tensão entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) ameaça o equilíbrio democrático que a Constituição estabelece. O embate entre o Congresso Nacional e o STF tem se intensificado nos últimos meses, com parlamentares argumentando que o Judiciário está interferindo excessivamente nas atribuições do Legislativo. Diante desse contexto, várias propostas visando limitar os poderes do STF estão em discussão. Em um contexto de polarização política, parlamentares de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm criticado a atuação do STF em uma série de temas, como o aborto, a descriminalização das drogas e o marco temporal para demarcação de terras indígenas. O STF, por sua vez, tem defendido a independência do Judiciário e a importância da separação dos Poderes. Argumentos do Congresso para limitar poderes do STF 1. Os parlamentares que defendem a limitação dos poderes do STF argumentam que a Corte está extrapolando suas atribuições constitucionais. A principal crítica é direcionada às decisões monocráticas, proferidas por um único ministro do STF. Esses parlamentares alegam que as decisões monocráticas podem interferir na autonomia do Legislativo e do Executivo. 2. Outro argumento é que a falta de um mandato fixo para os ministros do STF pode levar à perpetuação de uma mesma visão política na Corte. *Propostas em discussão: 1.  Mandato no STF e Decisões Monocráticas: - A PEC 16/2019, apresentada pelo senador Plínio Valério (PSDB – AM), propõe estabelecer um mandato de oito anos para os ministros do STF. - A PEC 51/2023, protocolada recentemente, sugere limitar os mandatos dos ministros a 15 anos e promover modificações no processo de escolha desses membros. - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD – MG) , defende a limitação de mandatos, argumentando que essa prática é adotada em outros países e contribuiria para a renovação da composição do STF. 2. Limitação de Decisões Monocráticas: - Aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a PEC 8/2021, apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães (PODE – PR), visa limitar as decisões monocráticas que suspendem a eficácia de leis ou atos dos presidentes da República ou do Congresso Nacional. - A discussão sobre essa proposta enfatiza a importância da colegialidade no STF. 3. Derrubar Decisões do STF: - A PEC 50/2023, proposta pelo deputado federal Domingos Sávio (PL – MG), busca permitir que o Congresso possa derrubar, por maioria qualificada, decisões do STF que "extrapolem os limites constitucionais". - No entanto, essa proposta enfrenta dificuldades em termos de alcance constitucional A tensão entre o Congresso e o STF também repercutiu na política nacional, reorganizando a oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Grupos políticos, como ruralistas e evangélicos, que antes apoiavam Jair Bolsonaro (PL), agora se unificaram na agenda contra o tribunal. Nesse contexto, é importante destacar que o debate em torno dessas propostas não significa um desrespeito à independência entre os Poderes, mas sim a busca por equilíbrio e aprimoramento do sistema político e judicial do Brasil. A Constituição Federal de 1988 continua sendo o pilar da democracia brasileira, e o diálogo entre os Poderes é fundamental para garantir sua eficácia e a proteção dos direitos dos cidadãos. A tensão entre os dois Poderes é um sinal de alerta para a democracia brasileira. O equilíbrio entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário é fundamental para o funcionamento de um Estado Democrático de Direito. Possíveis consequências da tensão entre Congresso e STF A tensão entre os dois Poderes pode ter consequências graves para a democracia brasileira. Em um cenário extremo, a crise pode levar a um confronto institucional, com consequências imprevisíveis. Mesmo que a crise não chegue a esse ponto, ela pode prejudicar a imagem democrática e dificultar a aprovação de reformas importantes para o país. Em conclusão, essa tensão mostra um cenário político no Brasil marcado pela crescente divergência entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). A discussão sobre a limitação dos poderes do STF, especialmente no que diz respeito aos mandatos dos ministros e às decisões monocráticas, tornou-se um ponto central no debate político do país. As propostas em andamento visam estabelecer mandatos de oito anos para ministros do STF e a proposta que busca limitar as decisões monocráticas, refletem a busca por um equilíbrio entre os poderes e a preocupação com a independência e a autonomia do Legislativo. Argumentos pró e contra essas propostas foram apresentados por diversos atores políticos, incluindo o presidente do Senado, que defende a limitação de mandatos como uma prática comum em outros países No entanto, é importante ressaltar que o debate em torno dessas questões não deve ser visto como uma ameaça à democracia brasileira ou à independência dos Poderes. Pelo contrário, a Constituição Federal de 1988 continua sendo o alicerce da democracia no país, e o diálogo entre os Poderes é fundamental para aperfeiçoar o sistema político e judicial, garantindo que ele atenda às necessidades e aos valores em constante evolução da sociedade brasileira. Portanto, à medida que o Brasil comemora 35 anos de sua Constituição Federal, o país enfrenta desafios importantes relacionados à separação de poderes e à busca por um sistema que atenda aos interesses do povo. O debate político em curso é um reflexo da dinâmica democrática, e a sociedade deve continuar a acompanhar atentamente esses desenvolvimentos em busca de soluções que fortaleçam a democracia e a estabilidade institucional. E AGORA? – A tensão entre Congresso e STF é um sinal de crise democrática no Brasil ? [...]
“Obra de Panelas II é um respiro de alívio para a Mata Sul”, diz Clodoaldo Magalhães

“Obra de Panelas II é um respiro de alívio para a Mata Sul”, diz Clodoaldo Magalhães

por Letícia Lima O deputado federal Clodoaldo Magalhães (PV), líder do Partido Verde na Câmara, falou sobre a abertura da licitação para a conclusão da Barragem Panelas II. A obra, que teve início em gestões passadas, estava paralisada desde 2014. O anúncio foi feito pela governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que esteve na região ouvindo as demandas da população. Para Clodoaldo Magalhães, as pessoas que moram em áreas de risco terão mais segurança para viver. “A conclusão da barragem Panelas II é um respiro aliviado para a população da Mata Sul, porque são incalculáveis os prejuízos enfrentados a cada inverno”, comentou o deputado federal. A obra para conclusão de Panelas II está orçada para custar R$ 92 milhões. Deste total, R$ 59 milhões são de obras civis e supervisão, enquanto R$ 33 milhões ficam para a compensação ambiental e segurança de barragens. O início das obras está previsto para dezembro de 2023. O equipamento, que fica em Cupira, no Agreste, faz parte do Sistema de Contenção de Enchentes da Região da Mata Sul, criado após as cheias de 2010 e que previa a construção de cinco barragens, onde apenas a de Serro Azul, em Palmares, foi finalizada em 2017. [...]
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