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Marília Arraes recebe apoio em evento realizado neste domingo, no Recife

Marília Arraes recebe apoio em evento realizado neste domingo, no Recife

Com caravanas vindas dos mais diversos municípios do estado, apoiadores das candidaturas de Lula à presidência e Marília Arraes ao Governo do Estado lotam o Clube Internacional, no Recife, na manhã deste domingo (20). Com discursos inflamados correligionários e simpatizantes  da candidatura da petista à governadora não pouparam críticas àqueles que defendem uma aliança com o PSB. Um dos momentos que marcou o evento foi quando o nome do senador pernambucano Humberto Costa foi citado. Em tom de reprovação a multidão levantou vaias e gritos de protestos dando um sinal claro de que a atitude do senador petista em levar o PT para uma aliança com o PSB é reprovada pelos militantes do partido. Escrito por Wellington Ribeiro [...]
STF vai julgar o destino de todos os brasileiros, e não apenas o de Lula, alerta Humberto 

STF vai julgar o destino de todos os brasileiros, e não apenas o de Lula, alerta Humberto 

A um dia do julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF), o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), alertou que é imperioso a Corte assegurar o princípio da presunção de inocência previsto na Constituição, segundo o qual a prisão só é cabível após o trânsito em julgado de sentença condenatória. Para Humberto, como guardião da Constituição, o STF está sendo chamado, neste momento crítico da vida nacional, a preservá-la, e não a reescrevê-la. "Seus membros gozam da prerrogativa da vitaliciedade exatamente para estarem imunes às pressões e paixões políticas“, ressaltou. Segundo o senador, com a concessão do habeas corpus a Lula, o STF provará que está apto a aplicar a Constituição a todos os brasileiros indistintamente, sem casuísmos. “E, mais que isso, que está atento à preservação de um direito fundamental à própria manutenção da nossa democracia”, complementou. Ele afirmou que Lula, como qualquer cidadão, só quer ter o direito à liberdade, como assegura a Constituição, até que não caiba mais recurso a provar sua inocência. O parlamentar defende que os ministros do Supremo não estarão julgando apenas o caso do ex-presidente, mas sim o destino do Estado de Direito. “O que eles julgarão é se a Suprema Corte deste país se dará o poder de suprimir uma cláusula pétrea do texto constitucional, que é o da presunção de inocência. Dessa decisão, depende o destino não só de Lula, mas de todos os brasileiros”, disse. O líder da Oposição explicou que não há meio termo nisso: ou a presunção de inocência é um princípio consagrado pela Carta Magna e todos são inocentes até prova em contrário, ou todos são originalmente culpados até que se prove a própria inocência. “Estamos diante da possibilidade de uma decisão que pode levar o Supremo a ter poderes superiores aos da Assembleia Nacional Constituinte, se os ministros decidirem, na sessão desta quarta-feira, pela prisão imediata de um cidadão condenado em 2ª instância, sem que seja dado a ele o direito de defender, em liberdade, a sua inocência nos tribunais superiores”, declarou. Nessa segunda-feira (2), um grandioso ato suprapartidário em defesa da democracia, que serviu também para pedir justiça pela execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes – até agora sem respostas –, foi realizado no Rio de Janeiro. Humberto contou que correntes políticas de diferentes matizes, incluindo familiares de Marielle e membros do PSOL e do PCdoB, foram dizer “não” ao fascismo e à intolerância que campeiam no país. “Os radicais estão cegos a tudo que está ocorrendo. Atiram pedras, levantam o relho, coagem e constrangem o próprio Supremo Tribunal Federal a que prenda Lula imediatamente, com a finalidade única de retirá-lo do processo eleitoral. Porque a lógica é: se não posso vencê-lo nas urnas, que seja retirado à força, então”, concluiu. [...]
PTB-PE se posiciona sobre julgamento do ex-presidente Lula

PTB-PE se posiciona sobre julgamento do ex-presidente Lula

Os pernambucanos, como todos os brasileiros, aguardam, com grande expectativa, o julgamento em segunda instância do ex-presidente Lula. Para o PTB de Pernambuco, nesse momento, é fundamental que todas as forças democráticas e comprometidas com o país se manifestem para que esse julgamento se dê num marco de rigoroso respeito à Constituição, pilar essencial e fundador da nossa democracia. Embora o ex-presidente Lula seja uma figura símbolo, e por isso suscetível a pré-julgamentos e manifestações de intolerância em vários setores, o que a Nação brasileira espera é que se imponham os preceitos constitucionais, e que a ele sejam garantidas todas as prerrogativas que devem ser oferecidas a qualquer cidadão brasileiro. Só assim, ao final desse processo, o país terá sua democracia viva e fortalecida. José Humberto Cavalcanti Presidente do PTB-PE [...]
Ele deseja a prisão!

Ele deseja a prisão!

Paira no ar da alta cúpula do PT um desejo masoquista secreto da condenação do Lula no TRF 4ª Região. Quem já conseguiu visualizar esse fetiche secreto do PT, sabe que Lula preso é mais forte que solto. O ex-presidente preso é a vítima do sistema que conspira diariamente contra ele e contra o PT. A sua absolvição diminuiria a ressonância do discurso do “Golpe”, e o apaziguamento deste discurso, o direito de ir às urnas e a grande possibilidade de vitória, poria por terra tudo quer o PT vem pregando até hoje. Porém, os cálculos que o PT e Lula tem feito podem darem errado. Assim, antes de iniciar, de fato, este artigo reflexivo sobre a possibilidade da condenação e o possível desejo do réu em ser condenado, quero fazer duas considerações: Primeiro, não anseio pela condenação de Lula, nem tão pouco vejo motivo legal para ela, mas aponto para a possibilidade que a sentença condenatória seja expressa; segundo, convido que o leitor leia Eça de Queirós, para que possa entender que o calculo político de Lula e suas estratégias beiram a falésia e causará a derrota eleitoral por atraso e erros de cálculos temporais, semelhante ao drama do Romance “Primo Basílio”. Mas Lula poderá ser preso? Dentro do quando funcional normal e ortodoxo da justiça brasileira a resposta é não, mas não estamos funcionando normalmente, ou estamos? Possivelmente, apesar da fraqueza da peça sentencial escrita pelo Dr. Moro, é possível que tenhamos a triste notícia que no dia 24/01, o placar, se é que posso chamar de “placar”, seja de 3x0 em detrimento dos recursos da defesa de Lula. Ora, se tudo está bem claro, e de fato está, por que não pensar e já articular um plano “B”? Perdão aos leitores, estou fazendo mais perguntas quê afirmações, espero agora, na segunda metade do texto elaborar apenas afirmações. Por que deveríamos ler “Primo Basílio”? – Desculpa continuar perguntando. Eça de Queiros, autor do Romance “Primo Basílio”, conta a história de um romance proibido e desencontrado numa escala temporal onde, favores, as cartas, respostas e retribuições amorosas não se encontram no tempo, se perdem, atrasam e causam a morte. Esse atraso temporal pode ser a causa do fracasso eleitoral do PT nas urnas em 2018. Acredito que o cálculo temporal elaborado pelas lideranças nacionais do PT está errado, apostar que haverá tempo e que a morosidade da justiça brasileira beneficiará e permitirá a candidatura de Lula e sua diplomação é um erro crucial. Pode até ser candidato, pode até ser eleito, mas a plutocracia brasileira filiada ao baronato de toga não permitirá a sua diplomação. O artigo 224 do Código Eleitoral trata deste caso, onde em tese, Lula saindo candidato e eleito no segundo turno, mas estando sub judici, e indeferida sua candidatura mesmo após eleito em segundo turno, poderemos ter uma nova eleição no prazo de 20 a 40 dias. Esse é o risco que corremos. O Brasil, seria destroçado, a instabilidade política que estamos passando se ampliaria, afundaríamos em um completo abismo das incertezas. Em entrevista ao Paulo Henrique Amorim, o ex-presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que há um consenso no PT sobre a candidatura de Lula e em hipótese alguma pensam em a foto do Lula não está fora das urnas no dia da eleição. Bem, a foto pode estar nas urnas, mas o candidato ser outro, esse é o plano B do PT. O Código Eleitoral Brasileiro permite essa lambança desvairada. Qualquer candidato, majoritário ou proporcional poderá ter sua candidatura trocada antes de 20 dias do pleito, salvo falecimento do titular. Essa tática mesquinha e antidemocrática tem sido utilizada por alguns “espertos”, e pode ser um o plano B do PT. Volto a fazer as perguntas: Não seria uma maior irresponsabilidade manter essa situação sabendo que o panorama político e judicial brasileiro está instável e polarizado? Não é mesquinhez política do PT a não construção de uma frente única com um planejamento progressista e nacionalista para o Brasil em 2018? Porque tanta cede ao “poder”? Seria a insistência na candidatura, uma forma de fugir da inquisitorial justiça brasileira? Insistir num quadro tão instável (juridicamente) para o Brasil, não seria marca de descompromisso geral? Tenho certeza de que, não haveria maior benefício ao PT neste momento que a prisão de Lula, a culpa de um inocente, a morte no calvário do herói Brasileiro. O PT não se reinventou, não renovou o quadro em mais de 13 anos no governo, insistiu no velho, na figura mágica do Lula, e agora o povo ficará mais uma vez a mercê dos acordos e desdobramentos da política e da justiça brasileira. Esperemos a sentença de 24/01 - que caberá ainda embargos-, para que possamos continuar traçando caminhos até o final de 2018. Por Bruno de Oliveira [...]
Armando defende Lula: MP do setor automotivo desenvolveu o Nordeste

Armando defende Lula: MP do setor automotivo desenvolveu o Nordeste

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) ocupou a tribuna nesta quinta-feira (14) para defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da denúncia do Ministério Público de corrupção passiva na edição da Medida Provisória de incentivos à indústria automotiva. O petebista declarou-se “inconformado” com “a tentativa de criminalização” da MP 471, editada em novembro de 2009, porque a iniciativa representou uma política de desenvolvimento regional de sucesso, beneficiando o Nordeste e o Centro-Oeste. Armando lembrou que a MP 471, originária de Medidas Provisórias baixadas no governo Fernando Henrique Cardoso, contou com amplo apoio do Senado, sendo aprovada unanimemente por todos os partidos, incluindo vários senadores da oposição à época, como Artur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e José Agripino (DEM-RN). O senador enfatizou que a prorrogação dos incentivos fiscais às montadoras determinada pela MP 471 resultou na instalação das fábricas da Ford na Bahia, da Mitsubishi e da Hyundai em Goiás, da Troller no Ceará e, mais recentemente, da Fiat Chrysler em Pernambuco. “Quebrou-se o paradigma de que a indústria automobilística não era viável nas regiões menos desenvolvidas do País”, assinalou Armando, para quem a matriz industrial do Nordeste deu um salto expressivo, não apenas pela instalação das montadoras, como de centros de alta tecnologia a elas vinculados, como ocorreu com a Ford na Bahia e irá ocorrer com a Fiat Chrysler no Recife. A política de desenvolvimento regional estimulada pela MP 471, destacou Armando, transformou a realidade sócio econômica das microrregiões beneficiadas, gerando empregos de qualidade, estimulando a formação e atração do capital humano pela elevada densidade tecnológica dos empreendimentos, trazendo desenvolvimento econômico e social para as regiões menos favorecidas. O senador petebista frisou que, no caso específico da Fiat Chrysler em Goiana, na Zona da Mata Norte, implantada por força da MP 512, do final de 2010, na prática uma prorrogação da MP 471, foram investidos cerca de R$ 8 bilhões. Salientou que a linha de produção, o parque de fornecedores e os serviços gerais geraram cerca de 10 mil empregos, dos quais 78% ocupados por pernambucanos. [...]
Lula não é um mito, Lula é uma ideia

Lula não é um mito, Lula é uma ideia

Durante um determinado período da História do Brasil República o debate político e intelectual foi uma constante, tanto no campo da esquerda quanto no campo da direita e de um com o outro. Debate de alto nível envolvendo figuras de proa do pensamento brasileiro como Merquior, Celso Furtado, Caio Prado, Roberto Campos e inúmeros outros. Infelizmente esta tradição foi soterrada nos últimos anos, primeiro por um jornalismo rasteiro e simplório e depois pela internet e a mediocridade do senso comum que tem se generalizado de parte a parte. Por que faço essa introdução? Para dizer da imensa alegria em poder dialogar, mesmo que dentro do mesmo espectro político, com o amigo Bruno Oliveira, que ao citar um texto meu sobre Lula e sua caravana pelo Nordeste fustigou o debate. Pois bem, comecemos pelo começo. O título do artigo de Bruno. O que Lula veio fazer em Pernambuco? Respondo, discordando. Lula não veio a Pernambuco. Lula passou por Pernambuco. Portanto, seus movimentos políticos tanto aqui quanto no estado vizinho de Alagoas não podem ser entendidos como uma visita pontual, fora de uma estratégia política de ordem nacional. Que diz respeito, sobretudo, a construção da possibilidade de 2018, muito mais que da candidatura de Lula. Nesta perspectiva o diálogo com Renan em Alagoas e com os Campos aqui é mais que fundamental. Haveria Lula de ter conversado com outros quadros, e preservar um certo moralismo puritano? Possivelmente. Mas a intenção de Lula nesta caravana não é falar só para convertidos e tão somente para os puros de coração. Em Alagoas e Pernambuco, Renan e os Campos, assim como Armando ainda são àqueles com os quais ainda é possível conversar, senão para converte-los, mas ao menos para não tê-los como inimigos, numa batalha que promete ser violenta, de vida ou morte. Na Paraíba, no Rio Grande do Norte, no Ceará, Piauí e Maranhão Lula está tendo e terá uma outra realidade. Na Paraíba Ricardo Coutinho, também do PSB, é o governador melhor avaliado do país, lhe fez palanque e foi, desde muito tempo, aliado de primeira ordem. Lá Lula não precisa dialogar com os Cunha Lima, por exemplo. O mesmo ocorre no Rio Grande do Norte e até mesmo no Ceará, dos Gomes, onde o PT e as esquerdas tem um forte lastro social e ainda preserva grande capital político a nível estadual. O mesmo valerá para o Piauí e o Maranhão, onde temos, respectivamente, um governador do PT e outro do PCdoB. Mas também não se espantem se Lula vier a conversar com Sarney, por que dentro da estratégia nacional este ainda pode ser uma força a ser arregimentada para a construção de consensos mínimos. Dei estes exemplos para demonstrar que, diferente do que argumenta Bruno Oliveira, Lula não veio a Pernambuco para desfazer uma estratégia das esquerdas ou redefinir alianças ou até mesmo não ouvir as bases. Por que, de todos os estados nordestinos, Pernambuco é onde as esquerdas se encontram mais destroçadas. Assim como não há lideranças, também não há bases e não há militância para além de alguns gatos pingados. Em especial no PT. Tanto que o nome que se coloca como possibilidade é o de uma herdeira de Arraes, que só saiu do PSB por que foi preterida pelo atual grupo político que hoje o hegemoniza no estado. As bases do trabalhismo pernambucano, em especial aquele ligado ao campo, sempre foi arraesista. A militância de esquerda, em sua maioria, idem. Lula, melhor que ninguém, sabe disso. Seu diálogo com os Campos é uma tentativa de preservar alguma coisa do PT no estado, muito mais que capitalizar para si algum dividendo político. Lula usa sua força para salvar o PT no estado, por que ele sabe que em Pernambuco ele é imensamente maior que a própria esquerda. Fora a questão nacional já aludida, se há um componente local de sua visita aos Campos, é esse. Por fim, retomo o argumento que dá título a este texto. Lula não é um mito, Lula é uma ideia. E as ideias se prolongam no tempo e se adaptam a ele. O que torna Lula raro é justamente sua capacidade adaptativa. É esse faro político de enxergar o obivio. O que no Brasil de hoje, envolto numa bruma de desesperança, lhe dá uma vantagem enorme. Lula é o que é não por que seja um mito ou um deus grego, apolíneo, mas porquê humano, demasiado humano. No mundo do marketing e da propaganda, onde tudo parece fabricado e artificial, Lula permaneceu humano, contraditório, chorão, brigão, fanfarrão, vaidoso, risonho, bravateiro, bonachão, povo. Até quando lhe acusam reforçam sua humanidade. O presidente que era a "porra toda", o "chefe da quadrilha" foi, supostamente, corrompido por um sítio mequetrefe com dois pedalinhos e um barco de lata, e três unidades do minha casa minha vida empilhadas uma em cima da outra, numa praia classe média baixa de São Paulo. Vai ser povo assim em Atibaia e no Guarujá. Igual Cabral, Aécio, Serra et caterva. A força política de Lula não vem de sua mitificação, mas de sua humanidade. Da capacidade política que ele tem de compreender que é um agente histórico e que só é capaz de agir a partir dos dados concretos que esta realidade impõe. Não se faz política fora da história, e as condições históricas que temos hoje são as mesmas das eleições passadas. A utopia tem de ser um horizonte, mas ela não se constrói com sonhos e sim na dureza da realidade de cada dia. Lula, mais uma vez, mesmo do alto de seus 71 anos, está dando a cara a tapa para bater. E apanhar da realidade requer coragem, inclusive a de arriscar e ver dar tudo errado novamente. Mas com a certeza de levantar novamente e arriscar outra vez. É isso que Lula vem fazendo nos últimos 40 anos. Acertando e errando, como todo ser humano. Mas sempre de pé, firme como uma ideia. Por Wagner Geminiano - Doutorando em História pela UFPE e colunista semanal do Blog Ponto de Vista [...]
O que Lula veio fazer em Pernambuco?

O que Lula veio fazer em Pernambuco?

Sei que meus amigos, simpatizantes de esquerda ficarão chateados e até se colocarão rapidamente contra as minhas palavras aqui escritas, mas é algo que quero respostas, se eles me responderem ficarei grato: O que Lula veio fazer em Pernambuco? Sei que se trata de um processo de pré-campanha vestida de manifestações populares, sindicatos e movimentos sociais são responsáveis por encherem ruas e avenidas, por recepcionar Lula e sua comitiva nas cidades que ele passou. Assim, essa força dos movimentos sociais vermelhos em pôr pessoas nas ruas e avenidas seria apenas uma ação de medir forças e constatar o poder que Lula exerce no Nordeste? E confirmar o que as pesquisas já nos mostram? De fato, sei que no Nordeste Lula é uma unanimidade, e que também, ele foi o presidente que mais fez por essa região do Brasil, saímos de uma classificação marginal e migramos para uma classificação industrial e geradora de empregos. Porém, isto não coloca Lula no panteão dos deuses gregos. A saber, a religiosidade grega não fazia distinção entre deuses bons e ruins, essa linha entre bem e mal era muito tênue, não seria possível classificar os deuses gregos com tamanha precisão. Será que Lula pretende se tornar uma espécie de deus grego à brasileira? O que prejudica uma reflexão clara da visita de Lula a Pernambuco é o sentimento presente que se instalou no Brasil, política tem sido tratada por vias passionais e pouco racionais, fugimos de debates onde seja analisado o projeto político como um todo, e preferimos ficar como torcedores irracionais gritando por nossos times, com gritos fortes de amor à camisa, se resume nisto a maioria das análises políticas. Lembro, Lula não é Deus! Não pode chegar aqui em Pernambuco, desfazendo todo um contexto político de oposição, construindo alianças e ignorando a realidade local; acreditando que, como “deus” da esquerda brasileira, pode fazer e desfazer sem consultar as bases. Não se justifica uma aliança com o PSB apenas para garantir mais votos e ampliar as prefeituras que apoiarão em 2018. O mesmo PSB que a um ano atrás era, também, chamado de golpista, por ter apoiado a queda de Dilma, agora pode ser um possível aliado? A incoerência marcou a visita de Lula a Pernambuco, os militantes ficaram perplexos sem entenderem, outros continuaram sem entender nada – já que nunca entendem, falo especificamente, dos militantes self’s, que é aquela figura que não compreender o verdadeiro sentido de uma militância aguerrida com conquistas sociais, que apenas serve aos movimentos sociais para conglomerar mais pessoas, eles formam a militância irracional da esquerda brasileira. Sim, e juntos com os militantes self’s ficamos bestializados com a visita de Lula as lideranças do PSB. Outro fato que, junto com a possível aliança pessebista em Pernambuco e a marginalização de Marília Arraes, que saiu excluída deste processo de disputa em 2018, foi o acontecimento em terras alagoanas. Um palanque com Lula, Renan e Renanzinho foi demais. Não teria outras figuras para subirem num palanque com Lula? Descordo do meu amigo Dr. Wagner Geminiano, isso não é construir pontes, isso é se sentir deus, e acreditar na irracionalidade dos eleitores e militância aguerrida representada pelos movimentos sociais. Lula construiu uma pinguela frágil, aliança com nosmes do PSB Pernambucano e PMDB Alagoano é um risco, é brincar de todo poderoso, e se colocar ao risco de provar do mesmo veneno duas vezes. O PSB não pertence mais à esquerda, já faz tempo que sua política se baseia no fisiologismo tradicional brasileiro. Namorar e casar com o PSB Pernambucano, é correr o risco de ser traído mais uma vez. Lula não pode ser um mito, isso não é bom para o entendimento de política de forma mais complexa. Ele como corporificação de um mito, se abstém de críticas, melhorias e correções, afinal, ele já é um mito. Um Lula mito não acrescerá muita coisa em debates políticos. Votaremos nele apenas por ser um mito ou votaremos por ter ele a melhor proposta para o Brasil? A racionalidade tem que voltar as discussões políticas brasileira, não podemos pensar em política de maneira passional e inflar o ego de políticos, no caso de Lula. Lula foi o melhor presidente, tanto para ricos como para os pobres, deu ressonância ao Brasil no exterior, nos deu independência com relação a soberania nacional, mas isso não lhe faz dele um deus.  Por Bruno Oliveira - Mestre em História pela UFPE e colunista semanal do Blog Ponto de Vista Leia também: http://blogpontodevista.com/coluna-ponto-a-ponto-2708-lula-por-2018/ [...]
Coluna Ponto a Ponto (27/08) – Lula, por 2018

Coluna Ponto a Ponto (27/08) – Lula, por 2018

PONTO I - A caravana de Lula pelo Nordeste tem apontado para alguns significados. O primeiro e mais fundamental deles é o de que política é uma arte que se faz dialogando. E diante das atuais regras e circunstâncias históricas, (re)construindo e estabelecendo pontes com aqueles que ainda é possível fazê-lo. PONTO II - Outro significado que emerge das visitas e encontros promovidos por Lula é a necessidade de distensionar a sociedade brasileira. Em meio a polarização e radicalização Lula é o primeiro grande nome a sinalizar, de forma prática, para a necessidade de retomada do diálogo político e da construção de consensos mínimos. O que Lula diz é simples e óbvio: a radicalização à direita ou a esquerda não é boa para ninguém. Em especial para o país. É preciso reconstruir o Brasil, e isso só será possível construindo pontes e não erguendo muros. PONTO III - Lula não faz nada de novo. Lula não tem dito nada de extraordinário. Ele faz e diz o óbvio. Mas neste momento histórico fazer e dizer o óbvio não é só o que resta possível, mas é o extremamente necessário para dar um mínimo de esperança a uma sociedade despedaçada e fragilizada, como a do Brasil de hoje. PONTO IV - Outra mensagem que a caravana de Lula busca passar é a de que ainda há futuro. Com ou sem Lula na disputa eleitoral, 2018 tem que ser possível. Portanto, qualquer saída para a crise brasileira passa pelo voto popular. As aventuras golpistas travestidas por eufemismos como "parlamentarismo" e "semipresidencialimo" não podem prosperar. Assim como não pode prosperar as figuras aventureiras fantasiadas de apoliticismo e pautadas pelo discurso do ódio, da intolerância e da radicalização ainda maior, seja ele no estilo quarteleiro de Bolsonaro ou no almofadinha de Doria. PONTO V - Hoje há um consenso no Brasil: a rejeição quase que absoluta ao desgoverno não eleito de Michel Temer. O país afunda sob o seu não comando e o que resta é vendido e entregue a preço de banana. O Brasil foi posto a venda com tudo dentro, inclusive com a mão de obra que já era barata e que agora passará a semiescrava, dada as reformas do governo não eleito. PONTO VI - Aqueles que assaltaram o poder de Estado e sequestraram o Brasil apostam todas as fichas em expedientes pouco ou nada republicanos e na falta de memória da população para se perpetuarem nos seus cargos e com seus privilégios. Resta saber se já combinaram com a população. Por ora esta mostra-se resignada e apática. Mas há a sensação que algo queima como fogo de monturo. PONTO VII - Deputados federais e senadores, em especial àqueles que pleiteiam um retorno, reeleitos, a Brasília próximo ano estão caminhando sob o fio da navalha. Em especial os que estão agarrados ao governo não eleito e acreditando que as inúmeras emendas liberadas no balcão de negócios que se tornou as duas casas os salvará. Contam com a desmemoria e, sobretudo, com o poder de transferência de votos dos prefeitos em suas bases. É uma aposta arriscada. Não será fácil pedir votos para os cargos proporcionais. Haverão os prefeitos de partir para o desgaste e pedir votos aos seus eleitores, mesmo sabendo dos efeitos da crise que já bate a porta dos municípios e da população mais humilde? PONTO VIII - Apostar na falta de memória da população é ainda mais arriscado. Está gravado como uma cicatriz profunda na lembrança da população brasileira os dois momentos mais vergonhosos da história recente da República: a votação do impeachment e, mais recente ainda, a votação pelo prosseguimento ou não da denúncia contra Temer. A população haverá de cobrar esta fatura, e me parece que a conta será alta. PONTO IX - Provocou arrepios nos ingênuos, de lado a lado, a visita de Lula aos herdeiros políticos de Eduardo. Não se assustem se PT e PSB virem a singrar os mares da camapanha eleitoral de 2018 juntos, em Pernambuco. Esta é uma ponte que, na visão de Lula, precisa ser reconstruída caso qualquer candidatura de  centro esquerda queira ser viável e vencedora nas eleições presidenciais de 2018. Se houver 2018!!! PONTO X - Para o PSB de Pernambuco colar a imagem de Paulo Câmara a Lula não seria má ideia. Principalmente diante do desgaste e da falta de carisma que goza o governo do estado e o governador, respectivamente. Todos sabem que Lula é, desde algum tempo, o maior cabo eleitoral de Pernambuco. Haveria apenas uma equação a resolver em meio a tudo isso, e ela tem nome e sobrenome: Marília Arraes. Wagner Geminiano - Doutorando em História pelo PPGH-UFPE. [...]
Em café da manhã, Armando e Lula avaliam conjuntura nacional

Em café da manhã, Armando e Lula avaliam conjuntura nacional

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) teve um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta sexta-feira (25). As lideranças tomaram café da manhã no hotel em que o petista está hospedado, no Recife. Na ocasião, Armando e Lula fizeram uma análise da conjuntura nacional e do processo político regional. “Todas as vezes que o ex-presidente Lula vem a Pernambuco nunca deixei de recebê-lo, de visitá-lo. Nossas relações são políticas, mas também pessoais. E esse encontro se insere nesse contexto”, afirmou Armando Monteiro. Armando Monteiro destacou que a relação com o ex-presidente vem de muitos anos, através de sua família. O petebista frisou a amizade entre Lula e o ex-ministro Armando Monteiro Filho, pai do senador. “Temos uma relação de amizade, de civilidade e de companheirismo que sempre existiu e não mudaria agora. Continuamos a manter a melhor relação com o ex-presidente”, disse Armando Monteiro. [...]
Lula entra em Pernambuco e é recebido por Humberto com festa em Xexéu

Lula entra em Pernambuco e é recebido por Humberto com festa em Xexéu

Depois de passar pela Bahia, Sergipe e Alagoas em intensa caravana que faz pelo Nordeste para se reencontrar com o povo, o ex-presidente Lula chegou, às 11h50 desta quinta-feira (24), em Xexéu, na Mata Sul de Pernambuco, onde foi recebido com muita festa pelo povo e pelo líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE). Centenas de pessoas gritavam, eufóricas, o nome do ex-presidente. Ao lado do ex-prefeito do Recife João Paulo, o senador disse que os pernambucanos se deslocaram até o município na divisa com Alagoas para dar um grande abraço carinhoso “no maior presidente que este país já teve”. “O povo sabe que foi o governo Lula que conseguiu acabar com a miséria  e tirar o país do vergonhoso Mapa da Fome. E que foi com ele que Pernambuco teve refinaria, estaleiros, Hemobrás, duplicação de rodovias e cresceu como nunca na sua história”, afirmou o parlamentar. Segundo Humberto, que entrou no ônibus de Lula e vai estar com ele na movimentada agenda de três dias no Estado, a população tem grande expectativa de que esse projeto que deu tão certo para o Nordeste e o Brasil seja retomado. “O povo está sofrendo demais com a alta do desemprego, da violência, do caos na saúde e com os desmontes dos programas sociais, como Bolsa Família. Está na hora de mudar e colocar o pobre, novamente, como prioridade”, comentou. Humberto acredita que é a união do povo que dará força para que esse projeto saia vitorioso em 2018 e Pernambuco e o Brasil volte a crescer e a se desenvolver. “A visita de Lula ao nosso Estado significa, em primeiro lugar, denunciar com todas as forças o que acontece em nosso país hoje. Temos de mudar esse quadro”, disse. A caravana de Lula segue para o Recife ainda hoje. No fim da tarde, Lula e Humberto estarão no centro do Recife, onde irão visitar o Museu Cais do Sertão para homenagear Luiz Gonzaga e a memória do povo sertanejo. A instituição foi criada com recursos disponibilizados pelo então governo Lula. Na sexta-feira (25), eles irão a Ipojuca, cidade transformada pelo governo do PT em um motor do desenvolvimento pernambucano, mas que hoje sofre com a destruição dos estaleiros navais, da refinaria e do polo petroquímico. À tarde, o ex-presidente comandará um grande ato no Pátio do Carmo, no Centro do Recife. Já no sábado (26), Lula irá a Brasília Teimosa, comunidade transformada por ele em bairro-símbolo do combate à pobreza. [...]
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